MANHUMIRIM (MG) - Na manhã desta sexta-feira (03/05) aconteceu na sede da Câmara de Manhumirim uma reunião feita pela Câmara do Café das Matas de Minas para definir novas propostas da região que vão ser levadas ao Governo Federal em Brasília na terça-feira (07/05) quando vai acontecer a discussão do tema na Frente Parlamentar do Café sobre a Política Cafeeira, no Auditório Freitas Nobre.
O convite foi feito através do presidente da entidade Admar Soares. Também estavam na mesa de debates João Elias (vereador de Iúna), Isaac Malta (presidente do Sindicato do Produtor Rural/Manhumirim), Karina Costa (locutora da Rádio de Manhumirim Terra FM), Antônio José Simiquelli (Espera Feliz), João da Casa Franco (vereador de Manhumirim), Remisson Hott (cidadão), Laudemir Rodrigues Soares (produtor e representante do Sindicato do Trabalhador Rural), José Antônio (representante dos cafeicultores), Jean Gustavo (Fertisolo) e Alexsandro de Souza (vereador de Alto Jequitibá). A reunião teve a presença do presidente da Câmara de Manhumirim Anderson Dedé, os vereadores Mário Junior, Jésus Aguiar e o advogado Max Tavares.
Os produtores de café enfrentam muitas dificuldades, como o baixo preço do produto final aliado ao alto custo da produção. Admar começou dizendo que gostaria de poder comemorar resultados, mas o momento está difícil no campo. E disse que a terça-feira vai ser importante: “Será a primeira vez que vamos discutir sobre Agricultura Familiar no mercado do café na Câmara dos Deputados Federais.”
Admar disse que o Conselho Nacional do Café tem representado o café do Cerrado e do Triângulo Mineiro, onde o custo da produção é menor porque são grandes produtores com maquinários, em outra realidade e o da nossa região fica sem representatividade. “Há uma proposta de perdão da dívida, mas começando a privilegiar latifundiários. Não queremos perdão da dívida, e sim melhores condições para pagar.”
As propostas que serão levadas
Assim ficaram definidas as propostas que vão ser levadas a Brasília: A primeira delas, estipular preço mínimo para a saca do café que foi acordada em reuniões sendo o café bebida, arábico, por 400 reais e o café Rio, Arábica, 350 reais, sacas de 60 kg. Isto para o limite de até 2 mil sacas de café por produtor. A segunda proposta é a revisão dos juros, com congelamento do valor das dívidas com 5 anos de carência e 8 anos de parcelamento. A terceira é o controle de estoque, diante do excesso de oferta de café no mercado que também ajuda na queda do preço, como disse Jean Gustavo: “O governo tem que comprar uma parte porque estamos indo para 70 milhões de sacas e onde for possível, diversificar culturas”. Para esta proposta o limite por cada produtor também é de 2 mil sacas.