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Enchente em Manhuaçu: águas começam a baixar

05/01/2009 - Atualizado em 06/01/2009 06h26

Manhuaçu acordou com o alerta de viaturas da Polícia Militar. Quatro horas depois, ruas e pontes estavam tomadas pelas águas barrentas do rio que dá nome à cidade. Durante a madrugada e toda a manhã, moradores e lojistas retiraram móveis e mercadorias para evitar um prejuízo maior. A enchente tomou contra de quatro pontes, fechou as passagens pelas ruas Júlio Bueno, Antônio Welerson, Faustino Amâncio, Josias Breder e a avenida Melo Viana. Centenas de famílias tiveram que deixar suas casas e foram para junto de familiares e vizinhos.

ALERTA

Sem um sistema de alerta, a população teve que ser acordada pela Polícia Militar com as sirenes de suas viaturas às 4 horas desta segunda-feira. Durante a madrugada, com a notícia de chuvas fortes em Luisburgo (onde ficam as nascentes que deságuam no rio em Manhuaçu), e com inundações em comunidades rurais e no distrito de Ponte do Silva, a polícia começou a fazer o alerta. Moradores e comerciantes teriam pouco mais de três horas antes que as águas começassem a inundar ruas e casas.

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Por volta de 7 horas, os primeiros pontos começaram a ficar intransitáveis. As águas do rio Manhuaçu cobriram a ponte da rua Luis Cerqueira no Centro e fechou trechos das ruas paralelas ao rio. No início da manhã, a entrada da cidade, na Antônio Welerson, a ponte dos arcos e outras duas pontes, além da rua Júlio Bueno eram um rio de lama e sujeira.

BOMBEIROS

Durante toda a manhã, moradores tiveram que fazer mudanças para locais mais altos. O receio é quanto a novas chuvas. O Corpo de Bombeiros auxiliou na retirada de famílias que ficaram ilhadas. Mais vinte bombeiros foram enviados para Manhuaçu a fim de auxiliar as equipes locais.

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Uma mulher entrou em trabalho de parto na Ponte da Aldeia. A casa em que estava ficou ilhada e os bombeiros a retiraram num barco. Outros casos de vistorias foram atendidos junto com a Coordenadoria de Defesa Civil.

SAÚDE

A enchente já dificulta o atendimento a saúde em Manhuaçu. Com a cidade dividida em duas por conta das pontes e ruas inundadas, ambulâncias encontram dificuldades para chegar ao Pronto Socorro. O serviço de emergência está de um lado do rio e o único hospital da cidade fica do outro.

EXPECTATIVA

O nível do ribeirão São Luís (em Luisburgo e em Ponte do Silva) começou a baixar lentamente durante a manhã desta segunda-feira. Não chove naquela região desde 4:30. Na cidade de Manhuaçu, o rio já atingiu o ponto máximo de cheia previsto e começa a baixar, mas muito lentamente.

O grande receio de moradores, comerciantes e autoridades é de que volte a chover forte, provocando uma nova cheia do rio. O terreno está saturado e o leito está muito cheio ainda.

Carlos Henrique Cruz / Jailton Pereira - 05/01/08 - 6:31 - Atualizado 11:50 - portalcaparao@gmail.com

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