REGIÃO DO CENTRO
Por volta de meia-noite, as águas do rio Manhuaçu começaram a inundar a ponte da rua Leandro Gonçalves (ponte do antigo Free Box), umas das passagens remanescentes entre os dois lados da cidade. Na rua Desembargador Alonso Starling, a água tomou todo o trecho perto da loja Solar até a ponte do Ginásio (rua Alencar Soares Vargas). O trecho na descida da Igreja Presbiteriana também foi inundado nesta noite.
A ponte da rua Luís Cerqueira permaneceu o dia todo submersa. Agora à noite, as águas cobriram o guarda corpo e entraram nos pátios dos postos de combustíveis próximos. A rua Juventino Nunes é um verdadeiro rio entre a Farmácia Manipular e as proximidades do Clube das Mães.
No Coqueiro, a água invadiu a avenida Getúlio Vargas na subida com a Duarte Peixoto. Comerciantes e moradores correram para retirar móveis e mercadorias antes que água chegasse. Muita gente foi para casa de parentes com receio de ficar ilhada.
RODOVIÁRIA E SANTANA
Na região da rodoviária, o córrego Pouso Alegre transbordou na rua do Triângulo. O local virou um rio, carregou lama para toda a praça e o espaço do terminal rodoviário. Não havia condições para embarque e desembarque de passageiros.
O rio seguiu pela avenida Salime Nacif até a esquina com Barão do Rio Branco e Raimundo Soares Vargas (entrada do Engenho da Serra). Todo esse trecho ficou inundado. Comerciantes e moradores foram pegos de surpresa. Eles conseguiram salvar muita coisa, mas a sujeira toma conta do trecho.
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No bairro Santana, há registros de barrancos que cederam na região das ruas Simão Francisco Romão e Caparaó.
ENGENHO DA SERRA E BOM PASTOR
O quadro do Engenho da Serra é muito complicado. O bairro passou grande parte do dia isolado. Sem acesso pela entrada da rodoviária, na ponte da delegacia, o rio também inundou trechos da avenida Melo Viana, da rua Abalem Chibel Nascif e da rua Maria Alexandrina.
O único acesso era pelo bairro Santa Terezinha. Barrancos cederam naquele local e durante a noite a passagem ficou limitada a pedestres.
No Bom Pastor, o trecho em frente a delegacia e no Posto Bazém está inundado desde cedo. O quadro só se complicou durante a noite e o córrego Coqueiro Rural transbordou mais.
OLÍMPIO VARGAS E JÚLIO BUENO
Na ponte da Tinauto, na rua Faustino Amâncio, as águas chegaram a cobrir o guarda-corpo por volta de meia noite. Para chegar ao bairro Sagrada Família somente passando pela Praça Antônio Brum.
E por falar em praça, o antigo parquinho (Praça Martins Fraga) foi cercado pela água do rio Manhuaçu. O grande volume de água represado no trecho impressiona. A rua Júlio Bueno foi inundada de uma ponta a outra. O mesmo aconteceu com a ponte da rua Joaquim Gonçalves Dutra (chamada ponte estreita). Na Antônio Welerson, a inundação começou perto da Transpneus e se estendeu até a região da Loja Maçônica União Liberdade e Justiça, cobrindo o guarda-corpo da Ponte dos Arcos.
Em vários becos e ruas que descem das ruas principais e terminam no rio Manhuaçu, casas e lotes foram inundados. A água já estava na rua desde cedo, mas acabou tomando mais espaço.
VILA DEOLINDA E PONTE DA ALDEIA
Na região da Vila Deolinda, no acesso ao bairro Lajinha e na Ponte da Aldeia, todos os locais que ficam próximos da margem do rio foram inundados. Na estrada para Ponte do Silva, o trecho em frente a Parmalat/SPAM ficou submerso o dia todo. Agora à noite, ficou impossível passar até com caminhões e tratores.
BARRANCOS
Há registros de queda de barrancos em vários locais da cidade e zona rural. Há dezenas de estradas vicinais com problemas e até algumas interditadas. Em alguns pontos da cidade, moradores tiveram que deixar os imóveis, como bairros Santa Terezinha, Nossa Senhora Aparecida e Engenho da Serra. Atrás da sede da APAE, também houve registros de deslizamento de terra.
ZONA RURAL
Na zona rural, as informações ainda são vagas. Moradores de Ponte do Silva, Vila Formosa e Vila Cachoeirinha são os mais castigados. Em Realeza, também houve inundações, bem como Santo Amaro de Minas – as manilhas por baixo da BR-262 não conseguiram escoar a água do córrego do distrito. A água represada voltou para as casas e ruas.
No Córrego Palmital, uma casa caiu, mas os moradores conseguiram sair antes e ninguém se feriu.
Carlos Henrique Cruz - 07/01/09 - 01:13 - portalcaparao@gmail.com