MANHUAÇU (MG) - A Escola de Negócios da Faculdade do Futuro promoveu palestra em Manhuaçu com o Superintendente de Logística e Transporte da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade do Governo de Minas Gerais, Felipe Rocha.
Durante o evento com participação dos alunos dos cursos de Ciências Contábeis, Administração e Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, Engenharia de Produção e Arquitetura, foi apresentado o tema “Logística e Concessões: novas perspectivas para o desenvolvimento”.
Felipe Melo Rocha apresentou o Programa de Concessões Rodoviárias lançado em maio pelo Governo de Minas Gerais. A expectativa é atrair investimentos da ordem de R$ 7 bilhões em sete lotes de rodovias estaduais, além de gerar mais de 9,5 mil empregos, entre diretos e indiretos, impulsionando o desenvolvimento regional no estado.
Com 2,5 mil quilômetros de extensão, o pacote envolve concessões que vão durar de 25 a 30 anos. Serão diretamente beneficiados mais de 100 municípios, que representam cerca de 30% do PIB de Minas Gerais.
Durante o evento, ele focou nos sete lotes de concessões de rodovias e, no caso de Manhuaçu, o chamado lote Ouro Preto, que envolve a região central do estado, e afeta as cidades-polo dessa região.
Felipe Melo Rocha mostrou como o programa auxilia na retomada do desenvolvimento econômico e na atração de novos investimentos, além de melhorar as condições de estradas em todo o Estado.
A infraestrutura é essencial para o desenvolvimento econômico. O Governo do Estado planejou um programa para equacionar esse gargalo da infraestrutura, que hoje é um impeditivo ao desenvolvimento. Com rodovias melhores, algumas delas duplicadas, mais seguras, com toda a certeza, acaba sendo um atrativo para mais investimentos. É o maior programa de concessões que Minas Gerais já teve.
MODELO
O modelo leva em conta estudos que mostram que os trechos contemplados são sustentáveis. Foram identificadas as extensões de cada lote e as principais intervenções que eles deveriam conter.
O Programa de Concessões Rodoviárias pressupõe, além dos investimentos constantes em manutenção e restauração dos trechos, a pavimentação e implantação de acostamentos em aproximadamente 75% das rodovias consideradas, que hoje sequer contam com esse item de segurança; investimentos na solução de passivos ambientais; duplicações e a expansão da plataforma das estradas para 7 metros de largura, medida que hoje não é padronizada no estado.
Os contratos também vão incluir a garantia de preservação da faixa de domínio das rodovias e a implantação de serviços aos usuários, como atendimento a acidentes e incidentes, recolhimento de animais, sistema de pesagem e inspeção rodoviária constante, o que também não é feito atualmente nos trechos. Todas essas exigências buscam contribuir para a diminuição dos custos de transportes e redução de acidentes, beneficiando diretamente milhares de usuários da via.
APROXIMAÇÃO
Para o palestrante, o evento em Manhuaçu trouxe a logística e o modelo de concessões para próximo da realidade acadêmica. “Foi uma oportunidade de mostrar o que é o programa, como se planeja um modelo de concessão, quais são os benefícios. Trouxemos a realidade de políticas públicas de infraestrutura para Manhuaçu. É uma cidade polo interessante no lote de concessão rodoviária denominado Ouro Preto”.
Felipe Melo Rocha avaliou positivamente o encontro com estudantes dos cursos de graduação da Faculdade do Futuro. “Serviu para antecipar o que está por vir, audiências públicas, o debate que teremos que fazer com a sociedade, com o meio acadêmico, junto aos empresários e populações afetadas. Foi bastante positivo então para introduzir o assunto e preparar a população para essa temática de concessões rodoviárias”, concluiu.
O Diretor Administrativo da Faculdade do Futuro, Guilherme Almeida, também demonstrou satisfação com a aproximação desse tema e a importância para a atuação dos futuros profissionais. “Foi uma oportunidade para que alunos, empresários, pessoas interessadas pudessem compreender as propostas de concessão de estradas e incentivos para investimentos. (…) Ficamos muito satisfeitos em fazer essa ligação entre mercado, governo e academia, ampliando as possibilidades de conhecimento de uma gestão eficiente que priorize os recursos do Estado”.
Redação do Portal Caparaó - Com informações da Assessoria de Imprensa