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Defesa Civil avalia áreas de risco em Simonésia

04/02/2020

SIMONÉSIA (MG) - Integrantes da Defesa Civil de São Paulo estão visitando Simonésia e mais seis cidades da região para prestar auxílio e atuar nos locais afetados pelas fortes chuvas dos últimos dias. A ação acontece em parceria com a Defesa Civil e o Governo de Minas Gerais. Janeiro de 2020 foi o mês mais chuvoso no estado em 110 anos. 55 pessoas perderam a vida. Os técnicos, engenheiros e geólogos paulistas trabalham em várias frentes em apoio aos mineiros.

De acordo com o Tenente Huerte, da Defesa Civil, eles passaram por alguns pontos de Simonésia e os técnicos estão fazendo as análises para emissão de um relatório para que isso seja evitado e medidas preventivas que possam ser tomadas.

“Foram observados deslizamentos de terra e os locais em que houve inundações, bem como danos estruturais em prédios e ruas. A função da Defesa Civil é preservar vidas. Essa é a nossa primeira preocupação”, relatou o oficial.

Paulo Fernandes, Geólogo do IG - Instituto Geológico da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo, fala que estiveram em cinco locais fazendo uma vistoria técnica em Simonésia.

“Demonstramos as evidências que são observadas e explicamos isso também aos engenheiros e representantes do município. Eles foram orientados também para observar e analisar situações semelhantes e avaliar. Dois pontos no bairro Nossa Senhora Aparecida precisam de providências e consideramos um risco que continua mesmo depois da ocorrência das chuvas. Conversamos com o Secretário para promover a interdição de vias e sinalizar. Alguns moradores aconselhamos a sair de residências em caso de novas chuvas”, destacou o geólogo.

Paulo Fernandes pontuou que estudaram os trechos em que há rachaduras e deslizamentos de barrancos. “Para nós geólogos, o risco principal é a massa de solo descer. Os prédios estão em risco pois podem ser atingidos pelo deslizamento. Ao mesmo tempo observamos problemas nos prédios e sugerimos que o pessoal de engenharia faça as vistorias, pois são questões construtivas”. 

O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Simonésia, Valdir Ferreira, acompanhou a visita aos pontos críticos. “Foi importante para sabermos os caminhos que devemos tomar e as providências necessárias. O laudo será um documento fundamental para a busca de soluções.

Isolamos a área e retiramos famílias. Temos problemas na zona rural com casas total ou parcialmente destruídas. Nos orientaram também sobre o que devemos fazer. Na zona rural, também verificamos muitos prejuízos com lavouras e equipamentos agrícolas perdidos com as chuvas”.

FAMÍLIAS DESABRIGADAS

Desde as chuvas de 24 de janeiro, por conta de inundações e deslizamentos de terra, na cidade e na zona rural, a Prefeitura de Simonésia retirou famílias de suas casas. Algumas foram para residências de familiares e amigos.

O morador Éder de Oliveira "Xaropinho" fala sobre a situação de sua casa, que corre o risco de cair no bairro Nossa Senhora Aparecida. “Eu não queria estar na situação que estou atualmente. Não desejo que ninguém passasse por isso.  Não sei qual data eu vou conseguir voltar para casa”, lamentou.

Outro morador, Milton Teixeira de Siqueira "Cacique", lamenta ter deixado a sua moradia por causa de um prédio que pode cair ao lado da sua residência na região de saída para Cachoeirão. “O barranco está perigoso para nós moradores e também para quem passa por aqui de carro”, frisou.

Divino Augusto - Portal Simonésia

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