REDAÇÃO - Após um mês, professores da rede estadual de ensino seguem em greve por tempo indeterminado. De acordo com Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a paralisação atinge 69% das escolas. Os servidores reivindicam, entre outras coisas, o pagamento do piso salarial nacional da categoria.
Outra pauta é o 13º de 2019. De acordo com a coordenadora-geral do sindicato, Denise Romano, cerca de 90 mil servidores (22% da categoria) ainda não receberam a quantia. “Em 30 dias de greve tivemos uma reunião com o governo, no dia 5 de março. Não tem proposta apresentada”, alega.
Segundo ela, o governo não apresentou “espírito de solucionar o conflito”, e o encontro realizado semana passada foi com “temperatura muito intensa, sem apresentação de alternativa”. Nesta quinta-feira (12) a categoria se reunirá para definir os rumos da paralisação.
Por meio de nota, a Secretaria de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag) informou que dialoga com o sindicato e que até o momento 70% dos servidores da educação receberam o 13º integral. Para concluir o pagamento, o governo conta com a operação financeira do nióbio.
PREOCUPAÇÃO COM O ENEM
Estudantes do terceiro ano do ensino médio que, apesar de compreenderem as paralisações, temem prejuízo na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Está sendo difícil para quem depende apenas da escola”, diz a aluna Bárbara Muniz.
A também estudante Samantha de Souza alega que “só o governo consegue resolver o problema”. Larissa Gabriela ressalta que o problema vai além do movimento. “Tirando a greve, ainda tem a educação que é precária”, ressalta.