REDAÇÃO - Cafés de produtores das Matas de Minas chegaram a novos mercados. Waldemar Ferreira de Paula Neto, de Pedra Bonita (Sítio Vista do Brigadeiro), vendeu para a China, enquanto Horário Antônio de Moura, de Simonésia (Sítio Três Barras), teve seu café exportado para Singapura.
Os dois participaram do “BSCA Micro-Region Showcase – edição Ilicínea/MG”, programa que tem o objetivo de valorizar nanolotes de cafés especiais de colheita tardia e agregar valor para a cadeia produtiva ao aproximar produtores de compradores internacionais.
O evento foi realizado no início do ano pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Dezenove jovens e expoentes torrefadores internacionais, vindos de Estados Unidos, França, China, Suécia, Taiwan, Sérvia, Canadá, Rússia, Japão e Austrália, muitos dos quais não conheciam a realidade cafeeira e não compravam do Brasil, visitaram propriedades e estiveram em contato direto com 20 produtores, que tiveram suas amostras selecionadas nas etapas anteriores do programa e foram compradas em leilão presencial.
O cenário dos cafés especiais segue em constante evolução no Brasil, com novas fronteiras sendo abertas e grãos com excelência surgindo nas mais diversas origens produtoras.
Mesmo agora com a pandemia da Covid-19, é importante trazer as boas notícias do setor cafeeiro e dos produtores das Matas de Minas que estão levando a qualidade dos seus cafés para outros mercados.
Potencializar o nicho de mercado e promover esses produtos será uma tarefa contínua, inclusive no cenário após o coronavírus.
Os compradores conheceram a realidade da produção e ficaram encantados com a excelência no processo produtivo. Ao provarem cafés especiais de diversas origens do Brasil, adquiriram 20 nanolotes de “cafés butique”, de colheita tardia, por valores que chegaram a US$ 30 por libra-peso, o que equivale a mais de R$ 16.500 por uma saca de 60 kg.
Horário Antônio vendeu para Singapura. Ele já está acostumado com as vendas internacionais, já que os grãos especiais de Simonésia já alcançaram cafeterias no Chile, Nova Zelândia e Portugal. Waldemar também tem seus cafés reconhecidos pela qualidade e nesse evento levou seu café com um comprador da China.
Além deles, a região teve mais cafeicultores que entregaram cafés excepcionais e foram estimulados pelos compradores a continuarem nesse caminho de excelência. O projeto abriu novas portas, estreitou relacionamentos e possibilitou a venda desses ‘cafés butique’ para que torrefadores testem seus mercados com grãos brasileiros de finíssima qualidade.
De Araponga, também nas Matas de Minas, também venderam seus cafés, os produtores Ricardo Júnior Miranda (Sítio São Gabriel), Leônio Carlos Filho (Fazenda Caparaó), Sandra Lélis da Silva (Sítio da Serra).
Ainda da região, há produtores de Alto Jequitibá: Rogério Afonso Ramos e Geovane Garcia da Roza; de Iúna (ES) – Deneval Miranda Vieira e Douglas Dutra Vieira; e Ademir Abreu de Lacerda, de Dores do Rio Preto (ES).
Carlos Henrique Cruz - carlos@portalcaparao.com.br