ARAPONGA (MG) - “Os produtores entenderam que ter esse espaço para o técnico é um momento de investimento e os resultados são incalculáveis! Desenvolvimento, sustentabilidade, participação familiar, pessoas da família que não se envolviam com a atividade passaram a se dedicar. E vimos o aumento da produtividade, da qualidade e da lucratividade”, relata o técnico Laio Almeida, que acompanha o grupo do Programa de Assistência técnica e Gerencial (ATeG) em Araponga.
Para ele, as barreiras foram superadas depois que os produtores perceberam esses resultados nas suas propriedades, como o Elias de Assis, que, apesar de ter sido resistente às informações e inovações trazidas no início do Programa, atualmente comemora a qualidade do seu café e a colheita de uma das suas maiores safras, que está acontecendo este ano.
Sucessão rural
O engajamento dos jovens com o negócio da família também tem chamado atenção de Laio, que reforça ser esse um dos objetivos do Programa. “Tenho buscado inserir os filhos na gestão da propriedade e tem sido um trabalho muito interessante”.
A produtora Simone Aparecida Dias Sampaio Silva, que já ganhou diversos prêmios pela qualidade do seu café, conta que o Programa a ensinou a enxergar e conduzir a propriedade como uma empresa e revela que toda essa transformação tem aproximado a filha Sofia da cafeicultura. “Para mim é um grande motivador o envolvimento da Sofia na gestão. Hoje, motivada pelas atividades, ela resolveu trocar a graduação em Economia pela de Engenharia Agronômica na UFV. Vendo o interesse dela nós pensamos em investir cada vez mais e buscar melhoras para que ela permaneça no campo”.
Outro exemplo de aproximação e engajamento nos negócios da família é o jovem Victor Gomes Souza Miranda, que tem acompanhado de perto o trabalho do técnico junto ao pai, Sebastião Andrade Miranda, e destaca que o ATeG “mudou a forma de gerenciar a propriedade e ter uma nova meta de produção”.
Segundo Laio, o envolvimento do jovem foi essencial para o sucesso no preço de venda do café alcançado pela família em 2019. “Esse ano ele está de novo à frente da comercialização e compra de insumos e isso tem alavancado muito a lucratividade da propriedade”.
Lílian Moura, de Viçosa / FAEMG