MANHUAÇU (MG) – Em nova avaliação feita pelo Comitê Extraordinário Covid-19 do estado de Minas Gerais nesta quarta-feira (16), a microrregião de saúde de Manhuaçu, composta por 23 municípios, ainda continua na Onda Vermelha do plano de retomada segura da economia do estado, o Minas Consciente. A macrorregião de saúde Leste do Sul, a qual a micro faz parte, também segue na onda amarela do plano, mas em estado de alerta. Como cada cidade define em qual onda deve seguir, a maioria permanece na onda amarela.
Conforme boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura nesta quarta-feira (16), só a cidade de Manhuaçu já teve um total de 1.386 casos confirmados, sendo destes 33 em acompanhamento, 1325 já recuperados e 28 mortes causadas pela doença.
O boletim do Hospital César Leite, que atende toda a microrregião de Manhuaçu, também desta quinta-feira (17), afirma ter 56 pacientes internados em sua Unidade Covid-19, sendo 24 em leito UTI e 32 em enfermaria.
O relatório ressalta que, pelo Programa Minas Consciente, é responsabilidade de cada município a decisão entre acompanhar a onda da macrorregião de saúde ou das microrregiões. É importante ressaltar que, em alguns agrupamentos de microrregiões, o resultado indica situação crítica, mesmo para macrorregiões em situação de alerta ou esperada. Sendo assim, recomenda-se maior cautela aos municípios.
Cursos de Saúde
O Comitê Extraordinário Covid-19 também decidiu que, a partir deste sábado (19), as aulas práticas de todos os cursos de saúde que possuem atendimento direto à população serão consideradas serviços essenciais, podendo retornar às atividades a partir da onda vermelha. O secretário de Estado de Saúde, o médico Carlos Eduardo Amaral, frisou que os cursos devem seguir os protocolos e as normas técnicas voltadas para os profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à pandemia.
“A suspensão das aulas práticas dos cursos de saúde que possuem atendimento direto à população podem trazer prejuízo para parcela das pessoas carentes. O foco dessa liberação é ampliar a capacidade de assistência. Ressalta-se que os protocolos do Minas Consciente devem ser adotados em sua íntegra, incluindo todo o cuidado, uso de equipamentos de proteção individual e distanciamento”, reforçou o secretário.
Avanços de Macrorregiões
Duas novas macrorregiões de Saúde passarão a integrar a onda verde do plano Minas Consciente, a mais avançada do programa. Além da manutenção das regiões Norte e Triângulo do Sul nesta etapa, as regiões Oeste e Centro-Sul progridem para a onda verde, depois de 28 dias na onda amarela, graças aos bons índices epidemiológicos.
A onda verde compreende o último nível do plano Minas Consciente, fase em que é permitida a maior parte das atividades, como bares com música ao vivo, cinemas e parques. Todas as aberturas devem respeitar os protocolos estipulados pelo Governo de Minas, que incluem padrões de distanciamento social e práticas de higienização.
Os outros avanços deliberados são para que as macrorregiões Triângulo do Norte e Noroeste avancem para a onda amarela, com a permissão para retomada de serviços como bares e academias. Ao todo, nove macrorregiões de Saúde integram a onda amarela, incluindo também as regiões Sul, Sudeste, Centro, Jequitinhonha, Leste, Leste do Sul e Vale do Aço.
O governador Romeu Zema ressaltou que as mudanças estão em sincronia com a estabilidade do número de casos e óbitos no estado, seguindo a tendência de queda desses índices. Ainda assim, o chefe do Executivo reforçou a necessidade dos cuidados sanitários, como uso de máscara e álcool em gel.
“Só tivemos desta vez boas notícias. Nenhuma região regrediu, ou seja, nenhuma região que estava na onda verde voltou para a amarela e nenhuma região que estava na amarela regrediu para a vermelha. O que nós tivemos foram apenas movimentos positivos. O número de casos e número de óbitos no Estado continua declinando”, disse o governador.
Com as alterações, permanece na onda vermelha apenas a macrorregião Nordeste, que possui a menor quantidade de municípios com adesão ao plano Minas Consciente. O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, reforçou a importância da adesão das prefeituras ao plano. “Já temos como aferir que quanto mais municípios aderidos nas macrorregiões, mais os indicadores epidemiológicos possibilitam o avanço das ondas”, ressaltou Passalio.
Diário de Manhuaçu