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Interpretação correta de análise de solo reduz custos da produção cafeeira

01/10/2020 - Atualizado em 02/10/2020 15h10

REDAÇÃO - Existente há mais de cem anos, a análise química de amostras do solo é o único e mais eficiente método para conhecer as propriedades e nutrientes existentes na superfície. Com essas informações em mãos, um consultor técnico especializado pode receitar as melhores soluções para a adequação da lavoura que tenha como finalidade nutrir plantas frutíferas, como é o caso do café. E melhor ainda: ao realizar uma interpretação assertiva, o produtor pode reduzir custos e aplicar os insumos da maneira correta, ou seja, que sejam realmente necessários para a propriedade.  

Especialistas afirmam que a amostragem deve ser recolhida com um intervalo de no mínimo 60 dias após a última adubação. Ao mesmo tempo, é importante observar se houve chuva significativa após a adubação, pois pode haver mascaramento dos resultados caso as chuvas tenham sido insuficientes, ficando maiores resíduos de potássio disponíveis no solo.

Embora seja uma atividade tão importante, há ainda a desinformação a respeito da contribuição que as análises de solo podem oferecer para uma gestão eficiente. Dessa forma, a educação e conscientização por meio de experiências positivas pode ser uma boa alternativa.

A assessoria de comunicação da Coocafé conversou com o Engenheiro Agrônomo e Diretor de Produção e Comercialização da cooperativa, Pedro Araújo, que exemplificou de forma clara e objetiva o porquê de se realizar uma análise de solo: “É um processo importante para a produção de bons cafés. O produtor precisa conhecer o solo; assim como realizamos periodicamente exames laboratoriais para sabermos como está nossa saúde física, devemos entender que essa também é uma forma de conhecermos a necessidade da nossa lavoura. Com a análise de solo, o cooperado junto de seu consultor técnico, tem em mãos as diretrizes para realizar uma adubação eficiente, podendo economizar na hora de escolher a fórmula ideal para sua propriedade”.

O cooperado e produtor de cafés especiais, do córrego São José Geronídio (Durandé/MG), Marcos Pereira Barros é um adepto das análises de solo e realiza com regularidade: “Eu acho muito importante essa prática, pois me ajuda a economizar dinheiro e ainda levar para a planta o que ela realmente necessita. Precisamos nos profissionalizar cada vez mais e estar sempre alinhado com o consultor técnico para interpretar da forma correta. A produtividade da minha lavoura também aumentou consideravelmente após criarmos o hábito de realizar a análise de solo. Os laboratórios estão cada vez mais eficientes e tecnológicos, o que contribui para um resultado muito mais rápido. O produtor precisa entender que ele não vai perder algumas horas do dia dele coletando as amostras e sim ganhando em produtividade e lucratividade”.

Com informações do livro Cultura de Café no Brasil. Matiello, Santinato, Almeira e Garcia.

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