MANHUAÇU (MG) - Com a crise provocada pelo novo coronavírus, muitos estabelecimentos do seguimento da alimentação fora do lar se viram obrigados a suspenderem suas operações. Alguns adequaram seus modelos de negócios já consolidados e, mesmo com a possibilidade de trabalharem por meio do delivery, viram a demanda cair consideravelmente.
Nesse contexto, o Sebrae Minas, em parceria com a Associação Comercial e a CDL de Manhuaçu, capacitou oito empresas do setor de alimentação fora do lar, com foco na questão de boas práticas de manipulação e fabricação de alimentos para a retomada. As ações ocorreram em outubro e englobam o projeto de Consultorias de biossegurança e organização operacional do Sebrae Minas.
O objetivo foi instruir os empreendedores quanto à adequação de operação e estrutura e o treinamento das equipes em relação ao cumprimento dos protocolos estaduais e municipais de saúde. “As empresas participaram de consultorias on-line e in loco, focadas nas boas práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores, desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a venda final para o consumidor”, sublinha a analista do Sebrae Minas Reginamaria Soares.
As consultorias de biossegurança foram conduzidas pela engenheira de Alimentos Mariana Pereira Santos e, segundo ela, se desenrolaram com “grande empenho e participação das empresas e equipes, que se mostraram bem interessadas em conduzirem e adequarem os seus processos, de acordo com as normas de biossegurança”.
“O objetivo da consultoria foi atingido em seu êxito, com a capacitação das equipes e garantia de produção de alimentos seguros para os clientes. Diante do atual cenário de pandemia, é de extrema importância a preocupação com as práticas de higiene, para evitarmos a contaminação e a disseminação da Covid-19, sendo muito válidos programas como este realizado pelo Sebrae para auxiliar as empresas em seus processos e gestão”, destaca a engenheira.
Empatia, acolhimento e confiança
A pesquisa Almoço Grátis e GS&Libra, realizada entre 8 e 15 de maio deste ano com 660 consumidores, mostra que o fator de decisão emocional capaz de direcionar o cliente para esse ou aquele restaurante é a confiança e o relacionamento com o empreendimento. O consumidor tem restrições ao consumo fora de casa e 59% dos entrevistados disseram que se sentem mais à vontade em frequentar aqueles estabelecimentos que estão indo além do básico para garantir a segurança do cliente.
Em estudos realizados em 2018 e 2019, os fatores limpeza e higiene ocupavam o 9º lugar na lista de prioridade para o encantamento dos clientes. Com a pandemia, estes quesitos saltaram para o 1º lugar na escala de escolha do consumidor, de acordo com 61% dos entrevistados.
“Nossa intenção foi realizar um treinamento com ênfase nas boas práticas que são obrigatórias não só agora na pandemia, mas que devem fazer parte da rotina diária da empresa e ser fator de sucesso para o futuro destes negócios”, finaliza Reginamaria.
Participaram da capacitação as empresas: Bar Tio Zé, Café Noar, Café Park, Cafeteria Sim Café, Dinos Lanches, Padaria Máximo Pão, Restaurante Buona Távola e Restaurante Cozinhart.
Para saber mais orientações para a reabertura gradual dos negócios de alimentação neste período de pandemia, acesse o e-book.