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MANHUAÇU (MG) - Neste final de semana, Lívia Rhodes, atleta de 19 anos, venceu o Sul-Americano X-Combat de Jiu Jitsu, na categoria Adulto Pesado (até 80kg), faixa azul. O torneio, realizado em Vitória, ES, contou com cerca de 300 atletas de diversas categorias e faixas.
Lívia, que é da categoria médio (até 69kg), conta que subiu duas categorias para conseguir lutar. “A X-Combat é uma organização que promove vários campeonatos ao longo do ano. Devido à pandemia, esse foi o único que eles conseguiram promover e eu estava sem lutar desde janeiro. Estava com uma luta prevista para abril, mas como fechou tudo, não tivemos como realizá-la. Foi meu primeiro campeonato pós-pandemia, estava com a expectativa bastante alta e, como eu queria lutar muito, e não tinha ninguém da minha categoria e nem na categoria de cima, tive que subir duas categorias para ter luta – da média para a pesado. Fiz duas lutas e me consagrei campeã. E na categoria absoluta, que são todos os pesos juntos, faixas azul e roxa, eu tive três lutas e me consagrei vice-campeã”, conta.
Ela ressalta que foi necessária muita força para vencer o torneio. “Tô muito feliz com meu desempenho, fiz muita força, me dediquei muito para esse campeonato, tenho me dedicado muito na minha rotina. Acho que estou colhendo o que estou plantando e é o início do recomeço e acho que o que vem por aí vai ser ainda melhor”, diz.
Lívia Rhodes ainda tem mais um torneio a disputar, no dia 12 de dezembro, e assim encerra a temporada 2020, que foi mais curta que em anos comuns, mas que ela espera terminar com mais bons resultados. “Vou lutar o Sul-Americano da CBJJ (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu) para tentar encerrar esse ano conturbado de uma forma legal e ano que vem espero só sucesso e continuar levando o nome da nossa cidade pelo Brasil afora e quem sabe o mundo”, completa.
Mas nem tudo são flores. Lívia ressalta as dificuldades para conseguir verbas para disputar os torneios. “Sou uma atleta que compete de forma independente. Às vezes tenho a sorte de ter amigos que se juntam para fazer vaquinha e pagar inscrição para mim mas, na maior parte das vezes, sou eu quem pago, eu trabalho para poder conseguir isso. Só que com os planos que tenho daqui para frente, não consigo fazer isso sozinha. Único patrocínio que tenho no momento é de fisioterapia, por conta de uma lesão que tive, o que me ajuda muito, mas ainda preciso de ajuda para inscrição, viagem, kimono. Qualquer ajuda é muito bem-vinda, porque planejo levar o nome da nossa cidade pelo mundo”, reitera.
João Vitor Nunes | Tribuna do Leste