ERVÁLIA (MG) - Há três anos Ramon Franco da Cruz iniciou sua lavoura com 5 mil pés de café. Após dois anos participando do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) oferecido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES, Ramon tem hoje 12.500 pés de café na sua propriedade.
O acompanhamento proporcionou crescimento com qualidade e aumento da produtividade. Na última safra foram colhidas 33 sacas por hectare, e esse ano, a previsão é chegar a cerca de 38 sacas por hectare. Ramon também investiu na melhoria da pós-colheita construindo um terreiro de cimento e um galpão para armazenamento conseguindo assim, aumentar os lucros.
O técnico Pedro Silva Filho destaca que os avanços conquistados são consequência da dedicação, do comprometimento e da busca por conhecimento do cafeicultor.
“Hoje o Ramon sabe a importância do planejamento para a cafeicultura, escolhe variedades produtivas e ao mesmo tempo resistentes a doenças, se preocupa em ter variedades com períodos diferentes de maturação do café para otimizar a colheita feita com mão de obra familiar”, explicou.
Café especial
Ramon tem feito pequenos lotes de cafés especiais. Para isso, construiu terreiro suspenso coberto, e experimentou também a fermentação natural. Os cafés alcançaram 84 e 86 pontos respectivamente, garantindo um lucro 40% maior em relação ao café tradicional no último ano.
Formação e transformação
Além do ATeG, Ramon participa de cursos do SENAR MINAS, e o conhecimento adquirido transformou a propriedade e a vida do jovem que hoje enxerga o potencial econômico do campo. Incentivado pelo técnico do programa, o produtor se formou como técnico em cafeicultura pelo Instituto Federal do Sul de Minas em 2020. “Agora tenho a teoria aliada a prática, e toda a assistência que o Sistema FAEMG proporciona para seguir na atividade”, comentou.