As lombadas eletrônicas, em grande parte, foram instaladas em trevos e locais de passagem de grande número de pedestres. Sem quebra-molas ou quaisquer outros sistemas para controlar o trânsito, moradores precisam se arriscar na travessia das rodovias.
O local em que o problema é mais grave é justamente o perímetro urbano de Manhuaçu. Os trechos mais perigosos são nos bairros Ponte da Aldeia, Bom Jardim e São Vicente/Nossa Senhora Aparecida. Nessas quatro localidades, as escolas ficam do outro lado da rodovia e obrigam os estudantes a fazerem a perigosa travessia pelo menos duas vezes ao dia. Isso sem contar os moradores que em geral utilizam a rodovia para chegar a suas casas e para o serviço.
As lombadas que haviam no trecho foram colocadas justamente depois de inúmeros protestos e em substituição aos quebra-molas antes muito criticados, mas agora quem ficou prejudicado nessa história é o pedestre, o mais fraco no sistema de trânsito. Moradores e comunidade escolar já se preparam para um novo manifesto se as providências não forem tomadas.
O problema mais uma vez chama a atenção para a necessidade de implantar passarelas sobre a rodovia federal no perímetro urbano de Manhuaçu. Pelo menos quinze mil pessoas moram, estudam ou trabalham nos bairros localizados acima da rodovia federal na cidade. As lombadas são um pequeno paliativo, enquanto as passarelas representam realmente o grande anseio da população.
O assessor de comunicação do DNIT em Minas Gerais, Bernardo Morais informou apenas que: "Os REVs (redutores eletrônicos de velocidade) instalados na BR-262 entre Realeza e Manhuaçu encontram-se em manutenção e terão seu funcionamento reestabelecido nos próximos dias".
SINALIZAÇÃO
Com a entrada em vigor do artigo 5º da resolução 214 do Conselho Nacional de Trânsito radares, lombadas eletrônicas e outros equipamentos que fiscalizam a velocidade no trânsito devem ficar plenamente visíveis e acompanhados de sinalização.
Através dessa resolução do Contran e o seu fiel cumprimento deverá ser reduzido significativamente o número de reclamações de condutores de veículos que são surpreendidos com multas aplicadas, via equipamentos eletrônicos, afirmando que não haviam detectado a presença deles na vias públicas por estarem localizados, digamos assim, fora do alcance da visão.
Carlos Henrique Cruz - 05/06/07 - 17:11