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Aumento de casos de sífilis preocupa SMS em Manhuaçu

26/12/2021 - Atualizado em 27/12/2021 09h14

MANHUAÇU (MG) - A sífilis é uma doença transmitida por relação sexual, é prevenível e tem cura, sendo o exame de diagnóstico e o tratamento oferecido pelo SUS, mas um aumento no número de casos da sífilis em Manhuaçu, tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde.

Desde 2010, os casos de sífilis têm aumentado em todo o estado de Minas Gerais, diante disso, a Secretaria de Estado de Saúde lançou junto às Secretarias Municipais de Saúde um Plano de Enfrentamento à Sífilis no estado de Minas Gerais. Em Manhuaçu, os postos de saúde estão preparados para fazer o teste rápido e também o tratamento da doença.

A Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Manhuaçu, Luane Mota de Sales, explica o objetivo deste plano. “Nós temos um prazo para cumprir esse plano, que é no período de 2021 a 2023. Ele consiste em identificar de forma precoce e tratar em tempo oportuno os casos de Sífilis Adquirida e Gestante e reduzir a ocorrência de sífilis congênita em todo o território  estadual”. 

Ainda segundo a coordenadora a preocupação maior é com as gestantes diagnosticadas com a doença, pois se não fizerem o tratamento correto, pode acarretar em problemas de saúde para a criança. “A gente viu um quantitativo muito aumentado de sífilis congênita, e esse aumento é porque a mãe não está se tratando corretamente durante a gestação. Com isso, temos crianças nascendo com sífilis congênita e é muito preocupante. Essa criança tem que ser monitorada, pois isso pode gerar alguns transtornos futuros para ela, porque a sífilis ela atinge o sistema nervoso central, ela pode ter dificuldade de enxergar, dificuldade na escuta, ela pode ter várias lesões provocadas pela doença se atingir o sistema nervoso central”.

Não só a pessoa diagnosticada com a doença tem que passar pelo tratamento, o parceiro sexual também deve fazer. “A gente sempre fala que o parceiro tem que ser tratado. Se a pessoa se trata, mas o parceiro não, acontece a reinfecção, a pessoa trata de novo mas continua tendo relação com o parceiro que tá contaminado e não adianta nada. Vamos supor que a pessoa tenha cinco parceiros, tem que tratar os cinco parceiros, não adianta tratar um parceiro só”, explica Luane Sales.

A coordenadora também explica que as pessoas não devem deixar de procurar o posto de saúde ou um médico particular caso percebam algum sintoma. “Nós temos trabalhado em parceria principalmente com as instituições privadas, os laboratórios, os consultórios particulares, para que façam a notificação compulsória. As pessoas podem ficar tranquilas, pois os dados são sigilosos, trabalhamos com pessoas preparadas e discretas. O importante é a pessoa ser diagnosticada e se tratar, para que não haja complicações futuras”. 

SECOM Prefeitura de Manhuaçu

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