LAJINHA (MG) - A Cooperativa de Café das Matas de Minhas (Coocafé) e o Senar MG promoveram, durante a última semana, um curso de capacitação para os colaboradores das unidades mineiras de Mutum, Lajinha, Ipanema, Manhumirim e Durandé, e as unidades capixabas de Iúna e Brejetuba.
A equipe, que atua em funções ligadas à comercialização de café, teve a oportunidade de reciclar o conhecimento para aperfeiçoar, cada vez mais, o atendimento aos associados. Já os demais participantes tiveram o primeiro contato com os grãos durante o curso, desenvolvendo práticas e habilidades no assunto e se profissionalizando.
A classificação de café é um momento importante que identifica se aquela bebida é especial ou não. Depois do café limpo, é preciso fazer a separação dos grãos verdes, ardidos e brocados. São várias deformidades que precisam ser separadas dos grãos bons. No fim, somente o café de primeira linha vai para a torrefação, que deve ser feita de maneira uniforme em todos os grãos, inclusive com tempo e temperatura regulados, a fim de padronizar as torras.
A prova é um dos momentos mais desafiadores, pois depende do paladar de um provador. Primeiro ele deve fazer a quebra de xícara e depois iniciar a degustação. São avaliados critérios como fragrância ou aroma, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, sabor, acidez, corpo, finalização e equilíbrio. É neste estágio que é separado o melhor café dentre os que estão expostos na mesa.
Aprender este passo a passo é importante, pois reforça ao técnico o que não deve ser encontrado entre os lotes avaliados. Isso reflete no trabalho desenvolvido na lavoura. Desta maneira, fica reforçada a necessidade dos rigores nos tratos culturais, a aplicação de adubo no enchimento dos grãos e o controle de pragas no cafeeiro.
“Nós ficamos uma semana, de 8h às 17h, recebendo muita informação, muito conhecimento teórico e prático”, disse José Paulo Júnior, que é comercializador de café na unidade de Brejetuba (ES).
O profissional destacou ainda que eles tiveram um aprendizado mais técnico sobre a comercialização. “O instrutor esclareceu dúvidas e nos preparou para levar informações aos produtores para que, de alguma forma, possamos impactá-los positivamente a fazer café de qualidade”, finalizou.