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Provedor do HCL apresenta demandas aos vereadores de Manhuaçu

03/12/2022 - Atualizado em 04/12/2022 09h09

MANHUAÇU (MG) - O provedor do Hospital César Leite, Fernando José de Lima, apresentou aos vereadores da Câmara de Manhuaçu os principais desafios para o atendimento na área de saúde da região.

Único hospital para atendimentos de média e alta complexidade, responsável pela principal maternidade e agora pelo serviço de urgência e emergência, o Hospital César Leite está enfrentando enormes dificuldades para a manutenção do seu funcionamento. Amargando prejuízos para manter serviços, a última medida foi um empréstimo bancário para quitar o 13º dos funcionários.

“A nossa finalidade foi passar para os vereadores o desafio que estamos tendo pela frente para darmos sustentabilidade ao Hospital César Leite e também pedir o apoio deles”, ressaltou o provedor Fernando José de Lima.

Estiveram presentes o Presidente Cleber Benfica, o vice-presidente Gilson César, as vereadoras Mariley do Carmo, Eleonora Maira, Rose Mary e os vereadores Gilmar Cabral, José Eugênio, João Gonçalves Linhares e Allan José Quintão. Outros membros do legislativo justificaram ausência.

O encontro teve a presença do Presidente do Conselho Ednilson Lacerda, o diretor do Plancel Leandro Satlher, a superintendente Lucinéia Lopes de Araújo, diretor técnico, Dr. Gláucio Quarto Martins, e o assessor jurídico Dr. Caio Túlio.

DESAFIOS

Fernando José de Lima pontuou três desafios urgentes que o HCL precisa atacar. “Com a ampliação dos serviços, a central de energia está no limite e precisa ter sua capacidade aumentada, sob o risco de entrar em colapso. A outra demanda é a reforma e ampliação da cozinha e a compra de um novo equipamento de hemodinâmica, que é responsável pelos procedimentos de cardíacos”, alertou.

Ele apelou para a sensibilidade dos vereadores para destinarem recursos de emendas impositivas para essas questões mais urgentes.

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Apesar de já ter solicitado ao Estado e ao Governo Federal, o pagamento dos serviços de urgência e emergência, Fernando José de Lima explica que todos os meses o déficit está aumentando. “Foi nos prometido ajuda para assumirmos a urgência e emergência e até agora estamos enfrentando só prejuízos para manter o atendimento. Diversos municípios também fizeram o compromisso de ajudar, já que atendemos os moradores deles, mas só Chalé, Manhuaçu e Caputira estão fazendo e São João do Manhuaçu vai começar”, explicou.

NOVO PRÉDIO

Fernando também falou do novo prédio. O sonho de iniciar as atividades no local encontra um novo desafio: será preciso construir duas torres de dez andares junto a atual estrutura para saídas de emergência. O custo estimado é de 9 milhões de reais e foi causado por novas exigências de segurança, mesmo o projeto inicial tendo sido aprovado no passado.

“Sem isso, não poderemos usá-lo com segurança e não vamos poder mudar para o prédio, o que ajudaria a aumentar o número de leitos”, detalhou o provedor ao explicar que não há recursos para isso.

PREOCUPAÇÃO

O presidente da Câmara de Manhuaçu, Cléber Benfica, saiu preocupado do encontro e lamentou que a realidade é muito dificíl. “O meu compromisso, enquanto Vereador, é que me coloquei à disposição para a gente junto lutar e buscar recursos para o hospital para sanar os problemas, inclusive, algumas reformas que tem que ser feitas com urgência”, detalhou.

O vice-presidente Gilson César manifestou a preocupação porque o atendimento é referência para 400 mil usuários de 23 municípios. “Quero fazer um apelo aos moradores das cidades vizinhas para que façam cobrança aos seus prefeitos, porque a gente não aguenta sozinho. Cada prefeito de seus municípios deve sim contribuir de alguma forma com o César Leite porque ele atende os seus usuários e não é justo um município arcar com os custos do outro”, pediu.

A 1ª secretária da Câmara de Manhuaçu, Eleonora Maira, fez um apelo para a Secretaria de Estado de Saúde, o Governo de Minas e os deputados votados aqui para que olhem pela nossa saúde. “Hoje, nós temos basicamente a pior saúde do estado de Minas Gerais em resolubilidade e isso nós precisamos sim de ter um atendimento especial, porque a nossa região não tem não sido prioridade na saúde pelas instâncias estaduais”, criticou.

A vereadora Rose Mary também falou da necessidade de ajudar o hospital. “A situação apresentada pelo provedor é realmente crítica. Como vereadores fizemos um compromisso de colaborar para resolver algum dos problemas aqui encontrados. Nós vamos procurar nossos deputados estaduais e federais e solicitar emendas para o HCL”.

Para o vereador Allan do Alaor compartilha da opinião dos colegas. Segundo ele, após as explicações e valores apresentados pela direção, a alternativa principal é que sejam destinados recursos dos Governos Federal e Estadual para manter o atendimento à população.

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