Portal Caparaó - Polícia prende homem que matou pedreiro no Engenho da Serra
Segurança

Polícia prende homem que matou pedreiro no Engenho da Serra

18/06/2007 - Atualizado em 21/06/2007 01h04
Frio e ameaçador. Os dois adjetivos caem bem a Márcio Lacerda, o Márcio Pretinho, 33 anos, preso pela Polícia Militar na manhã de domingo no bairro Santa Terezinha. Ele matou com facadas o pedreiro Luiz Maximiano de Oliveira, 53 anos. Pretinho garantiu ao Portal Caparaó: “Se ele voltasse dez mil vezes, eu mataria ele (sic) dez mil vezes”.   A prisão foi resultado de denúncia ao 190. Uma pessoa ligou dizendo que o rapaz tinha sido visto na região do bairro Santa Terezinha. Pretinho fugiu logo após assassinar o pedreiro Luiz Maximiano de Oliveira na noite de sexta-feira, num bar na rua professor Silas Heringer.

Quando os policiais chegaram, Luiz já estava morto no chão do bar com ferimentos na região do tórax. Testemunhas relataram que Márcio Lacerda, o Marcio Pretinho, 33, chegou ao local inesperadamente e deu várias facadas no pedreiro.

Populares acreditam que o motivo do crime foi um desentendimento antigo entre os dois. Márcio diz que os problemas entre ele e Luiz começaram há mais de quinze anos: “Eu não sei porque motivo, mas quando eu tinha uns 15 ou 16 anos ele começou a fazer covardia comigo. Espalhou na cidade que eu era perigoso. Quando eu arrumava um trabalho, ele ligava para o serviço e falava que eu era perigoso e isso e aquilo. Chegou ao ponto da polícia me perseguir na cidade”.

Numa história que parece orientada por um advogado, Márcio diz que o pedreiro continuou a importuná-lo: “Não contente com isso, ele mandou me bater. Juntou uns quatro rapazes que eu não conheço ou me lembro. Eu estava descendo para casa. Espancaram-me, mas não comentei com ninguém, nem com a minha mãe. É a primeira vez que eu falo sobre isso. Tem outras coisas, que eu não lembro, mas se eu for falar vou ficar aqui o dia inteiro”.

A história do crime é contada por Márcio de uma forma em que Luiz o teria ameaçado antes. “Na última vez, eu estava subindo e ele descia de bicicleta. Ele falou comigo que a cidade estava pequena para nós dois. Ele ia mandar me matar. Eu fiquei na minha, só ouvi. Já que ele não tinha coragem de fazer (mata-lo), eu decidi que era melhor ´subir´ ele do que eu”, contou. Na delegacia, Márcio diz que pegou a faca e foi até o bar onde estava o pedreiro. “Ele estava no bar, ai eu falei... ele vai me matar, então eu matei ele primeiro”, afirmou.

LEVANTAMENTOS

Durante a manhã deste domingo, o Sargento Cristóvão e o Cabo José Geraldo estavam de serviço num dos carros da Polícia Militar. Com a informação de que o rapaz foi visto no bairro Santa Terezinha, começaram a procurar por Márcio nas vielas próximas das ruas Sol Nascente e Santa Inês.

Quando avistou o rapaz, o Sargento Cristóvão saiu correndo pelos becos. Foi preciso atravessar quintais e até pular uma cerca para prender Márcio. Ele foi capturado e mostrou onde havia escondido a faca de cerca de 35 centímetros de lâmina que usou para dar os golpes fatais em Luiz. Como era uma faca nova, a suspeita é de que ela havia comprado para o crime.

Na hora da chegada à delegacia, vários moradores do bairro Engenho da Serra acompanharam o encerramento da ocorrência. Familiares diziam que estavam providenciando a contratação de um advogado.

LIBERDADE PROVISÓRIA

Segundo a polícia, Márcio Pretinho estava em liberdade provisória. O rapaz, que tenta passar uma imagem de “gente boa” e gosta de ameaçar até as pessoas que estavam na porta da delegacia, golpeou o segurança de uma casa noturna com uma faca e estava em liberdade provisória. O funcionário da boate levou mais de 20 pontos por conta da violência de Márcio.

Carlos Henrique Cruz - 18/06/07 - 10:01 

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