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Segurança

Gerente de casa de prostituição é preso

06/08/2009 - Atualizado em 08/08/2009 18h21

O Delegado de Abre Campo Dr. Carlos Roberto Souza da Silva autuou em flagrante o comerciante José Orozimbo Gonçalves Belo, 45 anos. Ele é acusado de manter casa destinada a prostituição em Matipó. O local era conhecido como Bar Casarão.

José Orozimbo foi conduzido pela Polícia Militar de Matipó. No momento da abordagem policial, duas mulheres estavam com clientes em quartos anexos ao bar dirigido por José.

Dez testemunhas foram ouvidas pelo delegado em Abre Campo. Um dos rapazes afirmou que no local funciona uma casa de prostituição. “Os programas são negociados dentro do estabelecimento e o dinheiro é passado diretamente ao proprietário”, declarou ao delegado.

A segunda testemunha, uma mulher, declarou ser garota de programa e dedicar-se ao comércio sexual desde dezembro do ano passado nesse bar em Matipó. Ela contou que consegue os “clientes” no “Bar Casarão” e depois vai para os quartos em anexo ao estabelecimento ou para hotéis e motéis da região. Segundo a mulher, o dinheiro é pago a José Orozimbo e depois, no fim da noite, repassa para ela.

A prostituta garantiu que ele não tira proveito da atividade dela, mas apenas do comércio de seu bar que, em razão da atividade exercida pelas mulheres, atrai muitos homens. “José Orobimbo, ao vender bebida por valores mais elevados e cobrar portaria, ganha que muito com isso”, garantiu. Ela admitiu que paga o aluguel dos quartos a ele.

Essa mulher é mãe de dois filhos menores e com sua atividade, sem a ajuda do pai da criança, cria os filhos e auxilia a família.

Numa história que parece ensaiada, a segunda mulher, que começou a conseguir “clientes” no Bar Casarão há quinze dias, contou tudo do mesmo jeito que a primeira prostituta conduzida.

OS HOMENS

Foram ouvidos dois funcionários, cinco homens que estavam no local e um militar que participou da prisão, além das duas mulheres e o comerciante. A terceira testemunha estava em um dos quartos com uma prostituta. Ele disse que pagou diretamente a José Orozimbo o valor de R$ 50,00 para levar a garota de programa para um dos quartos em anexo ao bar, mas negou que fosse para praticar ato sexual. Alegou que seria realizado apenas um “strip tease”. O homem admitiu que no local são realizados programas de natureza sexual e é cobrado o valor de R$ 70,00.

A quarta testemunha também estava em um dos quartos com uma prostituta. Ele também pagou 50 reais e garantiu estava apenas interessado em ver o “strip tease” e não praticar algum ato sexual.

O delegado ouviu um homem que disse ser freqüentador do local, porém não contratou nenhum programa. Ele disse que outra vez contratou os serviços de uma prostituta, pagou o valor diretamente a Jose Orozimbo, que ele conhece como Bill.

NAMORADOS

Também foram ouvidos dois empregados do local. Um confirmou a existência de quartos onde são realizados programas de natureza sexual. O outro negou que isso acontecia e disse que os rapazes que estavam com as garotas nos quartos eram apenas “namorados” delas.

José Orozimbo negou envolvimento com o crime de prostituição e garantiu que os quartos ao lado do estabelecimento não dele. Ele foi taxativo ao negar que tira algum proveito das mulheres.

HÁBITO

O delegado Dr. Carlos Roberto explica que manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente e tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça são crimes tipificados nos artigos 229 e 230 do Código Penal.

“Pelos depoimentos colhidos, em especial das mulheres que exercem a prostituição, ficou claro que o local é mantido como casa de prostituição. Existindo quartos para que os encontros ocorram. Essa casa existe e é destinada a esse fim já há um longo período.

Neste caso, não tenho dúvidas de que a conduta do acusado reveste-se de habitualidade, na medida em que os depoimentos demonstram, de forma inequívoca, que o estabelecimento é constantemente utilizada para fins de acerto e realização de programas sexuais. Tanto é verdade que há alojamento para que essas morem no local”, destacou o delegado.

Além de ganhar diretamente com o negócio, o delegado explica que ficou comprovado que Orozimbo recebe indiretamente com o atrativo de vender bebidas com valor mais elevados aos homens.

O delegado ratificou a prisão em flagrante e determinou as providências em relação ao gerente da casa de prostituição.

Carlos Henrique Cruz - 06/08/09 - 18:26 - portalcaparao@gmail.com

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