REDAÇÃO - O café produzido pelo cafeicultor Horácio Antônio de Moura, no Sítio Três Barras, em Simonésia (Matas de Minas) foi eleito um café presidencial com a incrível marca de 91 pontos e conquistou ainda o 2º lugar no Cup of Excellence Brazil 2023, principal concurso de qualidade para café do mundo, realizado no país pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).
O café Sítio 3 Barras produzido por Horácio Antônio de Moura, em Simonésia, tem ganhado cada vez mais espaço no mercado nacional e internacional. Ele já coleciona diversos prêmios e classificações em concursos de qualidade de café. No Brasil, Horácio tem clientes em Belo Horizonte, São Luís do Maranhão, Brasília, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná. No exterior a Europa é o principal destino do Café 3 Barras, com destaque para Portugal.
No concurso deste ano, dentre as mais de 600 amostras inscritas por cafeicultores na competição, foram eleitos os três vencedores com maior pontuação e outros 27 cafés, que representam do segundo ao décimo colocados em cada uma das categorias: ‘via seca’ (colhido e seco com casca), ‘via úmida’ (cereja descascado, despolpado ou desmucilado) e ‘experimental’ (que passou por algum processo de fermentação induzida).
Os cafés produzidos por ‘via úmida’ pela Ipanema Agrícola, na Fazenda Rio Verde, em Conceição do Rio Verde (MG), por ‘via seca’ pelo grupo Fazenda Sertãozinho, na Fazenda Rainha, em São Sebastião da Grama (SP), e “experimental”, também produzido pela Ipanema, na Fazenda Rio Verde, são os campeões da edição 2023.
Entre os vencedores, o café de Horácio Antônio de Moura integra os seis lotes que tiveram pontuação superior a 90 pontos e foram considerados cafés presidenciais.
Todos eles serão comercializados em disputado leilão internacional, via internet, ao preço de abertura de US$ 6,50 por libra-peso cada lote, o que equivale a mais de R$ 4.300 por saca de 60 kg.
"O Cup deste ano foi inovador, com a inédita inclusão da categoria experimental, que apresentou ao mundo esses diamantes produzidos por nossos cafeicultores e que foram lapidados pelos juízes internacionais, a quem a BSCA agradece a dedicação e por toparem esse desafio de conhecerem e serem embaixadores mundiais de novos cafés brasileiros e suas nuances, além de concordarem em fazer mais sessões de calibragem e degustação", destaca Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA.
Ele enaltece, ainda, a elevada qualidade e a singularidade que os cafés do Brasil vêm oferecendo aos consumidores mundiais, tendo como mola propulsora as ações promocionais da BSCA e de outras entidades do setor, bem como o Cup of Excellence.
Desde a sua idealização, em 1999, até hoje, o Cup of Excellence sempre teve seu norte direcionado aos cafeicultores, suas trajetórias e a forma sustentável que cultivam seus cafés de qualidade, sendo uma ferramenta que possibilita que o mundo conheça suas histórias e reconheça a qualidade, a diversidade e a sustentabilidade de seus produtos.
“Como vitrine internacional, o concurso traz os principais provadores e compradores mundiais para conhecerem essa realidade e gera intercâmbio entre eles, ajudando os produtores a entender o que cada mercado valoriza e qual deve ser seu foco para qualificar sua produção. Com nossa heterogeneidade geográfica e topográfica, cultivamos os mais diferentes tipos de café, o que nos capacita como fornecedor global que produz toda a diversidade de aromas existente e como o principal provedor de cafés especiais do planeta”, conclui o diretor executivo da BSCA.
Carlos Henrique Cruz / Redação do Portal Caparaó