REDAÇÃO - Welerson Carvalho, residente de Manhuaçu, realizou um sonho e um desafio que muitos motociclistas têm: cruzar a floresta amazônica de moto, uma das estradas mais belas e perigosas do Brasil.
A BR 319, conhecida como a nova transamazônica, e a BR 230, formam a Rodovia Transamazônica, uma rodovia federal que atravessa o Brasil, com uma extensão implantada de 4 260 km (5.662,60 quilômetros incluindo os trechos não construídos).
"Tem época no inverno amazônico que é impossível trafegar por causa das chuvas. Mas eu escolhi o tempo certo e parti. Saí de Porto Velho com coragem e determinação. Apoio dos familiares e fui. Primeira parada para organizar as coisas foi Humaitá AM. No primeiro dia, passando por Realidade, último local com suporte de gasolina, pois daí em diante era só com Deus e fui. Cheguei em Manaus e me preparei para mais uma aventura: 36 horas de barco, dormi na rede e parti sentido a Santarém (PA) para encarar a BR 230, a temida transamazônica", conta.
Um dos desafios da BR 230 é a escassez de recursos e pontos de apoio ao longo do seu trajeto. "Sem pontos de água e de gasolina e muita poeira. Com muito esforço, pois a poeira era demais, a moto não conseguia se estabilizar, parei e esvaziei os pneus. Aí sim, consegui uma boa pilotagem. Venci o Pará", destaca.
Ainda tinha muito caminho pela frente, a viagem ainda passou pelos estados de Tocantins, Pará, Maranhão e Goiás. "Após passar Brasília, no Distrito Federal, meu destino final se aproximava: minha Minas Gerais. Uma vitória com Deus no comando. Muito difícil, foram mais de 5 mil km de estradas em 12 dias", comemora o aventureiro.
Wellerson embarcou sua motocicleta, uma Honda XRE 300 cilindradas em Manhuaçu numa transportadora para Rondônia e seguiu de avião para dar início ao retorno pra casa pilotando a sua companheira de estrada.