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Caso Waldemar: Reconstituição mostrou detalhes para polícia

11/09/2009 - Atualizado em 14/09/2009 15h23

Sem demonstrar arrependimento, o casal Pedro Paulo Gomes, 63, e Vera Aparecida Mendes Ferreira, 45, participaram durante duas horas na manhã desta sexta-feira, 11, da reconstituição do assassinato do aposentado Waldemar Ramos, 54 anos, morador no bairro Engenho da Serra.  Ele foi morto no sábado, 05, com um tiro e teve o corpo, principalmente o rosto, queimados. O crime foi no local conhecido como Parada Breder, na MG-111, entre Manhumirim e Reduto. Veja aqui também o passo a passo da reconstituição

Acompanhados do delegado da Homicídios Getúlio Lacerda, agente Hernesto Francisco e o perito criminal Marcelo Pissiati, Vera Aparecida contou que foi conversando normalmente. Ela convenceu Waldemar Ramos a ir até o local dizendo que era uma festa de aniversário de amigos dela. Pedro Paulo já estava esperando, sem que Waldemar desconfiasse da trama para matá-lo.

Segundo os acusados, o plano para a vingança começou há três meses, quando Waldemar Ramos passou a importunar Pedro Paulo, que confessou friamente ser o autor do disparo que atingiu seu algoz no peito. “Em seguida chegamos a atracar, até que ele caiu. Quando já tava desfalecido, puxamos pelos braços até a várzea onde a Vera jogou o álcool. Eu risquei o fósforo”, detalhou o acusado sem arrependimento.

VEJA PASSO A PASSO AS FOTOS DA RECONSTITUIÇÃO

Vera Aparecida disse que ultimamente estava sendo ameaçada e caluniada pelo ex-companheiro. “Ele não contentava em me perder e, a partir daí, tornou-se uma pessoa difícil de conviver. O ódio foi tomando conta de mim. A única maneira para livrar dele seria matá-lo, como vingança do que ele vinha me fazendo”, disse Vera Aparecida numa frieza enorme.

VIAGEM

Vera Aparecida contou aos policiais da Delegacia de Homicídios, que na última sexta-feira, dia 04, foi a Parada Breder acompanhada do amante Pedro Paulo Gomes, para definir a melhor maneira de matar e ocultar o cadáver. No sábado, no início da noite ela convidou o companheiro para uma festa na casa de um amigo, sabendo que Pedro Paulo Gomes estava à espera para executar a “empreitada”. “Desembarcamos por volta de 20h30minh e seguimos rumo ao local combinado. Pedro ficou escondido próximo ao tronco de uma árvore com o revólver calibre 32. Houve uma pequena discussão, Pedro aproximou-se e atirou”, demonstrou. Vera Aparecida e Pedro Paulo Gomes tinham um relacionamento que durava 23 anos e sentiam-se incomodados com as interferências.

O DINHEIRO DE WALDEMAR

O motivo ainda é investigado pela Polícia Civil. Waldemar fez compras de eletrodomésticos numa loja em Manhuaçu e deu de presente a Aparecida. Além disso, recebeu dinheiro de um acordo na Justiça do Trabalho. Os documentos dele até agora não foram encontrados e essa é a principal dúvida.

“Queremos saber se o casal estava a fim de ter acesso ao dinheiro que Waldemar Ramos iria receber. Tudo está elucidado pela equipe da Homicídios, que irá relatar o caso à Justiça nos próximos dias”, ressalta o delegado.

O Caso Waldemar repercutiu muito nos últimos dias depois que a história de Vera foi descoberta. Ela chamou a polícia e criou todo o roteiro como se ele tivesse desaparecido. Na quarta-feira, a Polícia Civil mostrou que o choro era apenas uma artimanha de quem realmente tinha assassinado o aposentado.

Eduardo Satil - 11/09/09 - 17:01 - portalcaparao@gmail.com

 

Leia também: Como a Polícia Civil descobriu o casal que matou Waldemar

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