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Segurança

Mãe e filha matam vizinha de 9 anos com mais de 30 facadas

25/01/2024 - Atualizado em 26/01/2024 07h00

AIMORÉS (MG) - Uma menina de 9 anos foi morta com mais de 30 facadas em uma casa na quarta-feira (24), em Aimorés, no Vale do Rio Doce. Uma mulher, de 56 anos, e a filha dela, de 32, foram presas.

A Polícia Militar foi acionada pelo marido da mulher de 32 anos, que informou ter recebido uma ligação dela dizendo que havia matado uma pessoa em casa. Depois que chegaram no local, os militares chamaram, mas não havia ninguém no imóvel. Como ninguém respondeu, eles entraram na residência.

A PM encontrou corpo de Emanuely Aparecida Gregório Gomes enrolado em um tapete no chão. Assim que os militares saíram da residência, o pai e o irmão de Emanuely conseguiram entrar no imóvel. O pai desenrolou o corpo da criança e a colocou nos braços dele e do filho.

Com a chegada de reforço policial, as pessoas que estavam na porta da casa foram retiradas e o local foi isolado para os trabalhos periciais. Segundo informações do perito, a menina foi morta com mais de 30 facadas. O corpo foi encaminhado ao IML para mais exames.

Segundo a polícia, a autora do crime teria fugido de moto — foi encontrada saindo de uma casa para pegar um táxi, acompanhada da mãe e do filho, de 11 anos. As duas mulheres foram presas e levadas para o quartel da cidade.

Em depoimento, a mulher de 32 anos alegou que a mãe dela teria dito que a menina deveria ser morta, porque cometia bullying contra o filho dela.

Ainda conforme o depoimento, a avó do garoto teria convidado Emanuely até a residência e, quando a menina entrou, a mulher de 32 anos atingiu a menina no peito com uma facada. Em seguida, a mulher de 56 anos pegou a faca e passou nos braços e pescoço da criança.

A mãe negou a versão da filha, porém, conforme o boletim de ocorrência, ela apresentou uma versão controvérsia e havia vestígios de sangue no chinelo, calcanhares e nas roupas.

A delegada que recebeu caso em Governador Valadares, solicitou a apreensão das roupas da mulher.

As marcas de sangue na roupa da mulher indicam, segundo a polícia, que ela tentou se lavar e usou a calcinha para esfregar as manchas.

O menino, de 11 anos, foi encaminhado para uma psicóloga, um assistente social e uma conselheira tutelar. Ele contou que estava no quarto quando ouviu gritos e que tentou sair para ver o que estava acontecendo, mas foi impedido pela avó, que o trancou no quarto.

Depois, mãe e avó o tiraram do cômodo para que eles saíssem de casa. Disse também que ao passar para sair, viu o corpo da menina e o sangue.

Para a psicóloga, a criança disse que nunca sofreu bullying por parte de Emanuely e que ele acha que mãe e avó cometeram o crime porque a vítima falava para as pessoas da vizinhança que queria namorar ele, mas as duas não queriam.

Após o depoimento, o menino foi encaminhado a um abrigo. A faca usada no crime foram apreendidas.

Por Fran Ribeiro , g1 Vales de Minas Gerais

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