REDAÇÃO - A Justiça da Holanda condenou o mineiro da cidade de Matipó, Begoleã Mendes Fernandes, de 26 anos, a internação compulsória para tratamento psiquiátrico. Ele também deverá pagar indenização à família de Alan Lopes, de 21 anos, assassinado em fevereiro de 2023. A condenação saiu nesta quinta-feira (8).
Para a Justiça, Begoleã é esquizofrênico. Ele teria se convencido de que Alan era canibal e que pretendia matá-lo e depois comê-lo. O medo e o delírio teriam motivado o homicídio.
A internação é por tempo indeterminado e Begoleã será liberado somente quando estiver curado e puder conviver novamente em sociedade. O tratamento será pago pelo governo holandês.
Segundo Kamila Lopes, a Justiça determinou que a mãe dela receba 21 mil euros de indenização e, o pai, 17 mil euros. A indenização foi destinada aos familiares para suprir o dano e o trauma causados pelo assassinato de Alan.
Kamila falou ainda que a família dela está satisfeita com a sentença e que não pretende recorrer da decisão judicial, desde que os parentes de Begoleã também não recorram.
Relembre o caso
O mineiro Begoleã Fernandes foi preso no Aeroporto de Lisboa por suspeita de homicídio e canibalismo, no dia 27 de janeiro. Ele confessou aos amigos e à polícia que havia assassinado Alan Lopes na Holanda, mas alegou que fez isso porque o homem tinha ameaçado comê-lo em um churrasco.
Segundo a imprensa de Portugal, Begoleã estava tentando embarcar em um voo para Belo Horizonte. Ao apresentar passaporte italiano, levantou suspeita das autoridades. Os policiais descobriram que o documento era falso e que o brasileiro tinha um mandado de prisão emitido pela justiça holandesa. Na mala, havia pedaços de carne. Cogitou-se a possibilidade de ser carne humana, mas análise laboratorial comprovou ser de origem animal.