BELO HORIZONTE (MG) - Nesta quarta-feira (8/05), a Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deram início à operação “Empáfia”, que apura irregularidades em contratações realizadas pela Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Minas Gerais.
A representação do DNIT em Minas Gerais caiu no alvo da polícia e da CGU após suspeitas de irregularidades em uma obra no trecho da BR-262, em Abre Campo, na Zona da Mata mineira. As intervenções tiveram um custo total de R$ 7 milhões, mas colapsou logo após ter sido entregue pela empresa contratada para construção.
Durante as investigações, a CGU identificou uma série de irregularidades. Entre elas uma contratação emergencial sem que houvesse definição completa do objeto e atestado de capacidade técnica da empresa; a decisão do DNIT de continuar com a obra mesmo após identificar que as intervenções não iriam solucionar os problemas na pista e o indício de que a obra foi recebida pelo DNIT mesmo com trincas e erosões em seu entorno.
A Polícia Federal colocou 14 agentes na operação desta quarta-feira e cumpre um mandado de busca e apreensão em Belo Horizonte. Além deles, servidores da CGU também participam da busca de documentos. A CGU, que está no comando das investigações, foi questionada, mas ainda não informou se o alvo da operação são servidores ou representantes da empresa suspeita de irregularidades.
A reportagem entrou em contato com DNIT, mas ainda não houve uma posição do órgão sobre as suspeitas apresentadas pela CGU.