MANHUAÇU (MG) - O presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMA), Milton Filgueiras, acompanhado de mais dois conselheiros realizou uma visita à obra de construção da ponte, que liga a BR-262 ao bairro Vila Deolinda. Muitas pessoas têm demonstrado preocupação, ao perceberam que às margens do rio foram despejados caminhões de terra, para “estreitar” o rio em suas laterais, onde foram construídas as “cabeceiras” da ponte, para serem colocadas as vigas. Agora, a terra está com proteção, mas mesmo assim com o movimento da água pode ter se espalhado no leito do rio.
Segundo o presidente do CMA, Milton Filgueiras, já reuniu com os responsáveis pela execução do projeto, a fim de saber sobre a situação da terra colocada às margens do rio. Foi informado que está sendo seguido à risca o que foi aprovado. Quanto à terra que ali está, logo após a instalação das vigas (de um lado a lado), a empresa estará removendo-a, para evitar qualquer dano ao meio ambiente e o assoreamento. “Estamos acompanhando todo o processo. Caso não ocorra retirada da terra que foi colocada, certamente estaremos acionando o MPE. As pessoas estão certas em fazer questionamento, visto que, meio ambiente na atualidade é assunto que preocupa a todos nós”, ressalta Milton Filgueiras.
Para o conselheiro e biólogo, Leandro Belga, a construção da ponte é inquestionável e trará benefícios à comunidade, mas, o que deve ser observado com seriedade e questionado é a forma de execução do projeto. A terra foi colocada, para facilitar que as vigas sejam colocadas, mas depois a terra precisará ser removida e, assim evitar o assoreamento do rio. “Temos de observar as condicionantes que até agora não foram cumpridas, como exemplo, o plantio das mudas e onde serão plantadas e demais cumprimentos legais. Outra coisa que observei é um cercado feito, para impedir a passagem de lixo e outros objetos, mas esse tipo de obstáculo pode impedir que os peixes subam ou desçam”, destaca Leandro Belga.
Eduardo Satil / Rádio Caparaó / Cidade Total