MANHUAÇU (MG) - A Academia Manhuaçuense de Letras reuniu na noite desta terça-feira,21, para cumprir o calendário mensal, com o objetivo de conhecer o trabalho e a diferença que existe entre os mais diversos pontos, características e necessidades dos bairros. A diretoria decidiu convidar, para participar de cada reunião, lideranças comunitárias de bairros mais afastados e outros mais próximos do centro. Para a reunião, foram convidados o presidente Associação de Moradores do bairro São Francisco de Assis, João Batista de Ramos e Patrícia Sad, presidente da Associação de Moradores do Centro (AMOCENTRO). Como interlocutora, a presidente do Conselho de Associações de Moradores de Manhuaçu, Marinez Bragança. Ainda participaram representantes da associação dos bairros Santana e Ponte da Aldeia.
O presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, Dr. Luiz Gonzaga Amorim falou sobre a importância de os acadêmicos estarem participando, conhecendo realidades diferentes, numa mesma localidade e problemas que enfrentam diariamente.
A presidente da Associação de Moradores do Centro, Patrícia Sad expôs sobre o trabalho desenvolvido no Orçamento Participativo, que teve uma excelente contribuição, sendo o rio Manhuaçu um desafio em período chuvoso. Como ações, houve solicitação e construção da rede pluvial, que foi canalizada desde a BR 262 até ao leito do rio, que eliminou de vez a inundação no centro. A colaboração dos comerciantes, que pediram a retirada da antiga estátua de Moisés e, uma nova foi colocada, reforma do banheiro da praça, posto policial que funcionava precariamente, além de outras demandas como Estacionamento Rotativo para melhorar o fluxo de veículos. Também sugerida a criação da guarda municipal, mais iluminação pública nas praças e pontes foram solicitadas pela associação. Patrícia Sad também mencionou sobre a troca das pedras portuguesas do jardim, que desagradou parte dos moradores. Outros pontos foram observados e, um plano de arborização das praças. “As dificuldades enfrentadas para reunir as pessoas, cobrar uma mensalidade para custear despesas para legalizar documentos, também são pontuais na nossa associação. As pessoas esquecem que a força da coletividade é primordial”, destacou Patrícia Sad.
Oposto ao bairro Centro, sobretudo, na parte socioeconômica, a realidade de cada família que reside no bairro São Francisco de Assis busca alavancar seus projetos, O presidente da associação, João Batista de Ramos diz que, a comunidade está um pouco esquecida. No bairro existe o trabalho desenvolvido pelo Centro de Apoio às Famílias (CAF), que trabalha na socialização. A comunidade conta com uma unidade de apoio à saúde, quadra de malha, mas enfrenta outras dificuldades como o alambrado do campo caindo, falta de apoio para realizar as ações e, a construção de uma quadra para a prática esportiva. “Nossa comunidade está crescendo. É um lugar bom de se morar, famílias que lutam com dificuldade e sonham com algo melhor. Outra dificuldade é a pendência para legalizar a associação”, ressalta João Batista Ramos.
Para a presidente do Coamma, Marinez Bragança, o trabalho das associações é primordial para que haja o engajamento de todos os moradores, bem como o fortalecimento das ações e a busca por constante melhoria para as famílias.
O presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, Dr. Luiz Gonzaga Amorim ressaltou a importância da abertura do espaço para debater as questões relacionadas a cada bairro, conhecer a realidade e ajudar dentro das possibilidades. “Aqui é a casa do povo. Todos devem participar, debater ideias, estabelecer conversação e unir força, para buscar soluções. Hoje conhecemos a realidade de dois bairros, que vivem situações diferentes e enfrentam dificuldades”, destacou. Ao final, o presidente aproveitou para convidar a todos, para participarem da solenidade do aniversário do Patrono, José Lins do Rego e posse dos novos acadêmicos, no dia 7 de junho, às 19hs.
Eduardo Satil/ Fotos: Téo Nazaré