MANHUAÇU (MG) – A 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Manhuaçu divulgou os dados estatísticos referentes às ocorrências de pessoas desaparecidas e localizadas na região entre os anos de 2020 e 2024. Os números revelam uma tendência preocupante que merece a atenção das autoridades e da população.
A Polícia Civil de Minas Gerais lançou neste mês de junho a plataforma online da Microsoft Power BI sobre o desaparecimento de pessoas, bem como as localizadas. Esses dados estão disponíveis inclusive para consulta pública, podendo ser acessados por qualquer pessoa com acesso à internet. É importante salientar que, com a ferramenta, é possível observar o cenário tanto no estado como por regiões e cidades dos anos de 2019 até a data atual.
De acordo com o relatório, o total de desaparecimentos na jurisdição da 6ª Regional da PC de Manhuaçu variou significativamente ao longo dos últimos quatro anos. Em 2020, foram registrados 86 casos, seguidos de uma queda para 68 em 2021 e um novo decréscimo para 53 em 2022. No entanto, 2023 marcou um aumento para 67 casos, e apenas até o início de junho de 2024, já foram contabilizados 35 desaparecimentos, sugerindo uma possível elevação para o ano corrente.
O município de Manhuaçu, que sedia a delegacia regional, apresenta números que merecem destaque. Com um total de 32 casos em 2020, o número caiu gradualmente até 2023 e conta com 5 ocorrências em 2024.
Alguns municípios da região também apresentaram variações notáveis:
Espera Feliz teve 7 casos em 2020, que caíram para 4 em 2021, diminuíram para 1 em 2022, mas subiram significativamente para 6 em 2023. Até junho de 2024, já são 6 casos registrados.
Lajinha registrou 7 casos em 2023, que aumentaram em relação a 2020 que foram 4, diminuíram para 2 em 2021, mas subiram novamente para 4 em 2022 e já contam com 2 em 2024.
Manhumirim teve 9 casos em 2020, 7 em 2021, uma queda para 3 em 2022, mas um aumento para 6 em 2023, e até agora, 1 caso em 2024.
Alguns municípios mantiveram registros de desaparecimentos nulos em determinados anos, como Durandé e São José do Mantimento, que tiveram somente um desaparecido no período analisado.
O delegado-chefe do 12º departamento de Polícia Civil, Gilmaro Alves, afirma que o tema é sério e angustiante, afetando muitas famílias em nosso país. A prevenção e ações rápidas são cruciais para minimizar os riscos e aumentar as chances de encontrar a pessoa desaparecida.
Dentre as ações, podemos citar: orientações às nossas crianças, informações e identificações de idosos, principalmente aqueles com problemas de memória ou demência; utilização de aplicativos de segurança; comunicação constante entre os familiares; criação de redes de apoio no caso de desaparecimento, bem como trabalhar com divulgação nas redes sociais e meios de comunicação. Comunicação imediata às autoridades, com fornecimento do maior número possível de dados e características físicas do desaparecido e fotos atualizadas, também é essencial.
Carlos Henrique Cruz - Portal Caparaó