MATIPÓ (MG) - A Polícia Civil encerrou o Inquérito Policial, que investigou o assassinato brutal da atleta, Lavínia Scarlet Torres Oliveira, 25 anos, residente no Córrego Cascata, em Matipó. A investigação teve início no dia seguinte ao desaparecimento da atleta, que saiu de bicicleta na manhã do dia 5 de maio, para pedalar e fazer compras em Matipó, porém, não retornou.
Foram dois dias de desespero de procura pela jovem. Amigos, familiares e a polícia passaram a procurar pela jovem, que foi encontrada no dia 07, debaixo de um pé de café, em uma lavoura bem perto da casa, onde morava com o esposo e os dois filhos. Ao localizar o corpo, a polícia iniciou levantamentos e, através de câmeras de monitoramento e informações foi possível observar um homem negro, estranho na cidade de Matipó, com a bicicleta da vítima. Esse mesmo homem quis contratar uma corrida até Manhuaçu e, como não conseguiu, então embarcou em um ônibus da Rio Doce.
O acusado de 45 anos foi preso no mesmo dia, em que o corpo foi localizado. Ele retornava de Luisburgo em um ônibus que fazia a linha para Manhuaçu, após furtar em uma residência rural uma Tv e uma mochila. Foi reconhecido por uma passageira, que de imediato passou a informação e, ele preso na localidade de Vila Formosa.
O delegado responsável pelo caso, Fábio Freitas concluiu o procedimento com o pedido de indiciamento do acusado, pelos crimes de estupro seguido de morte, ocultação de cadáver, além do furto praticado na residência rural, em Luisburgo.
O delegado explica que, durante os levantamentos para apurar o crime, os investigadores coletaram informações relevantes, para a produção das provas contidas no Inquérito Policial, além do exame de corpo de delito no local, que ficou bem elaborado pela Perícia Técnica. Segundo Fábio Freitas, durante o processo de investigação, todas as informações foram checadas e chegou à conclusão de que o suspeito agiu sozinho. O acusado disse que abordou a vítima, para cometer o estupro. “Tivemos todo o cuidado, para o trabalho e conclusão final do inquérito. Foi um crime cometido de maneira brutal e, a sociedade ficou muito comovida. A Polícia Civil fecha o caso e, ao mesmo tempo pede o indiciamento com provas robustas”, detalha o delegado. Ao delegado, o suspeito contou que ficou trabalhando durante três dias em uma propriedade nas proximidades e, no dia estava fazendo uso de droga na lavoura, quando percebeu a vítima passando na estrada.
De acordo com o perito, Fernando Pereira, o levantamento e coleta de material genético, para exame no corpo da vítima foram fundamentais, para traçar a dinâmica da abordagem e consequentemente a morte. “Lavínia foi sufocada e asfixiada”, completou o perito.
O médico legista e chefe do posto do IML, Dr. Wanderson Lugão, disse que a vítima foi abusada sexualmente pelo assassino, ainda em vida, tão logo arrastada para a lavoura. Foi encontrado vestígio de sêmen nas partes íntimas de Lavínia Scarlet. A extrema covardia demonstra que, o assassino agiu com toda frieza para cometer o crime.
Para os pais da atleta, Cláudia Torres e Silvano de Oliveira Ferreira, que acompanharam a coletiva de imprensa, a resposta da Polícia Civil traz um alívio. “A dor é enorme, para quem perde uma filha de forma tão brutal. Mas, sabemos que o trabalho foi feito com isenção e, agora esperamos que a Justiça seja feita”, disse Cláudia Torres.
Mais um crime envolvendo o acusado
Durante a coletiva de imprensa, o delegado regional, Dr. Felipe de Ornelas Caldas disse que, a Polícia Civil de Manhumirim está investigando a morte de uma jovem, que foi encontrada nas proximidades da rodoviária. O corpo da mulher de 37 anos foi encontrado num casarão, na região central da cidade, no início da noite do dia 02/05. A perícia da Polícia Civil foi chamada.
A vítima estava com um saco na cabeça, indicando que possivelmente foi asfixiada e, ainda tinha indícios de ter sido vítima de crime sexual. Os investigadores conseguiram imagens, que mostram um homem parecido com o assassino de Lavínia saindo do local. Nos próximos dias, a polícia de Manhumirim concluirá a investigação.
Eduardo Satil