SIMONÉSIA (MG) - Horácio Antônio de Moura produz cafés especiais desde 2003 em Simonésia, no Sítio Três Barras. São cerca de 800 sacas por ano produzidas com foco na qualidade. O cuidado é reconhecido por compradores nacionais e internacionais. Em junho, ele esteve na feira de cafés especiais europeia Word of Coffee Copenhagen, na Dinamarca.
Além de ter chegado a diversas regiões do Brasil, o produto da região das Matas de Minas já foi exportado para 11 países europeus como Portugal, Espanha, Dinamarca e Turquia, além da China e do Japão. “Decidi fazer café especial quando provei pela primeira vez. Cuidar da qualidade é trabalhoso, mas vale a pena”, afirma.
O café também coleciona premiações em concursos regionais, nacionais e internacionais. A conquista mais recente foi o primeiro lugar geral do 7º Cupping AteG Café+Forte, do Sistema Faemg Senar, em 2023, repetindo o feito de 2018, quando também venceu a competição.
O vencedor de 2023 alcançou a pontuação de 89,05 no protocolo da Specialty Coffee Association (SCA), e a bebida se destacou na competição e no mercado. A saca campeã foi vendida por R$15 mil. “Vendi para a cafeteria Café do Sonho, de Manhuaçu. R$ 5 mil do valor da venda foram doados para a Apae, na campanha Café do Bem”, conta Horácio. Em 2023, o produtor também foi segundo colocado do Cup of Excellence.
Intercâmbio
Horácio explica que o Sítio Três Barras é muito visitado por produtores e compradores de café. Diversos compradores estrangeiros já visitaram as lavouras para conhecer o modo de produção e o ambiente. “A qualidade do grão chama a atenção, eles ficam impressionados e querem conhecer de perto, ver e provar”, comentou o produtor.
ATeG Café+Forte
O cafeicultor fez parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+ Forte do Sistema Faemg Senar e da turma pós-ciclo do programa. Ele destaca que o acompanhamento foi um diferencial importante para a sua evolução na atividade. “O ATeG soma forças com o produtor”.
O técnico de Campo Jorge Araújo, que acompanhou Horácio nos seis anos de ATeG aponta que além do cuidado com a produção, colheita e pós-colheita, o cafeicultor também se destaca pelo manejo do solo e conservação das águas na propriedade. “O conjunto dessas ações faz com que ele se destaque também na sustentabilidade”.
Variedades
Jorge também enfatiza que a busca por novas cultivares, mais produtivas e resistentes sempre foram um ponto de atenção do produtor, o que garantiu aumento da produtividade “chegando a até 120 sacas por hectares”.
Horácio revela que está sempre atento às novidades e necessidades do mercado, e por isso investe em diferentes cultivares para conhecer o potencial das plantas e o seu desenvolvimento na propriedade. Atualmente ele cultiva 22 variedades de café, das quais cerca de 10 são em escala comercial.
Portal Caparaó