No início da aula da tarde de terça-feira, 20, Calango invadiu a sala de aula e rendeu a professora Fátima Justino de Andrade, 37 anos. Ele obrigou que ela o acompanhasse. Estava com uma touca ninja cobrindo o rosto.
Ao sair da escola, avisou a todos que se o marido quisesse ver a mulher novamente deveria pagar 15 mil reais de resgate até às 16 horas.
O “seqüestrador” ameaçou o professor Kenerson Luiz Borges, 32 anos, e roubou a motocicleta dele. Colocou Fátima na direção, subiu na garupa e exigiu que ela pilotasse.
CARROÇA
Durante a fuga, eles caíram com a moto. Calango rendeu então o produtor rural Geraldo Florindo, 68 anos. Pegou a carroça e continuou o plano de seqüestro.
O agricultor seguiu o mesmo trajeto de Calango e encontrou com ele quando saia de uma plantação de eucalipto. Geraldo começou a questionar onde estava a professora.
A neta do agricultor, a policial militar Eliziana Hubner Soares, que estava de folga e em trajes civis, vislumbrou a possibilidade de aproximar. Calango tentou rendê-la e mandou que deitasse no chão. Quando ela notou que a arma era falsa, o seqüestrador não teve mais chance. Com a ajuda de populares e do avô, Eliziana lutou com Calango, o derrubou e consegui dominá-lo. Eles o amarraram até a chegada de uma equipe de policiais que estava de serviço.
NYLON
Calango conduziu os policiais até o cativeiro da professora Fátima Justino. Ela estava com os pés e as mãos amarradas com corda de nylon e a boca amordaçada com fita isolante.
Calango foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia de Polícia de Mutum com o material foi utilizado para a prática do crime. Ele foi autuado.
Apesar do excelente trabalho da Polícia Militar e da comunidade e os momentos dramáticos que a professora passou, a história de Calango tem um lado todo atrapalhado.
Carlos Henrique Cruz - 21/10/09 - 11:29 - com informações da Polícia Militar