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Segurança

Envolvido na morte de taxista no ES é preso em Chalé

16/10/2024 - Atualizado em 16/10/2024 08h00

CHALÉ (MG) - O último envolvido na morte do taxista José Erculano Marques, de 75 anos, encontrado morto dentro do porta-malas do próprio carro, foi localizado e preso na última quarta-feira (9) na cidade de Chalé, em Minas Gerais. O crime aconteceu no dia 10 de março deste ano.

A prisão ocorreu em uma ação integrada entre a Divisão de Homicídios da Serra e a polícia mineira. Agora, todos os envolvidos no crime estão presos e à disposição da Justiça.

O carro de José foi encontrado às margens de uma ferrovia que fica na Serra, Grande Vitória, na manhã do dia 10 de março deste ano. A polícia informou que a vítima foi trancada no porta-malas pelos suspeitos, não conseguiu sair e morreu asfixiada.

De acordo com a polícia, dois homens renderam e assaltaram José e depois trancaram o taxista no porta-malas para conseguir fugir, acreditando que ele iria conseguir sair depois. Mas isso não aconteceu, e a Polícia Científica concluiu que o idoso morreu por que ficou exposto a altas temperaturas por cerca de 20h.

Diante disso, as investigações apontaram que o caso se tratou de um crime de latrocínio (roubo seguido de morte). “A motivação se deu porque a vítima tinha o hábito de andar com alta quantidade de dinheiro no bolso da camisa e as corridas também eram pagas em dinheiro, o que chamava atenção dos passageiros e pessoas ao redor”, explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori.

Identificação e prisão dos suspeitos

Após a divulgação das imagens dos envolvidos, testemunhas reconheceram uma mulher e o filho dela, além de um terceiro homem como os autores do crime. No dia 19 de julho, a mulher foi presa em uma praça no bairro Nova Brasília, em Cariacica. Já no dia 30 de julho, o filho foi preso no mesmo bairro. Ambos foram indiciados por latrocínio e já são réus em ação penal.

Sobre o planejamento do crime, o delegado Rodrigo Sandi Mori explicou que a mulher conheceu a vítima meses antes, durante uma corrida de táxi, e começou a observar que ele sempre carregava dinheiro em espécie.

“Na manhã do crime, ela chamou o filho e um terceiro suspeito para executarem o assalto. Eles saíram do bairro Nova Brasília armados e abordaram a vítima, que aceitou fazer uma corrida com a mulher no banco da frente e os outros dois atrás. Durante o trajeto, o terceiro suspeito anunciou o roubo, e juntos, subtraíram cerca de R$ 500,00 da vítima”, relatou.

Ainda segundo Sandi Mori, o objetivo inicial dos suspeitos era apenas o roubo, mas que, ao trancar a vítima no porta-malas, eles assumiram o risco de causar a morte do taxista. A mulher já tinha sido indiciada por homicídio em 2003, mas absolvida no tribunal do júri.

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