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Segurança

Juri condena detentos que atearam fogo em cela do presídio em mais de 100 anos de prisão

08/11/2024 - Atualizado em 08/11/2024 14h31

CARATINGA (MG) - O Tribunal do Júri do Fórum Desembargador Faria e Souza, em Caratinga, foi palco nesta terça-feira (05/11) do julgamento que resultou na condenação de três detentos por um violento incêndio ocorrido no Presídio de Caratinga. Os acusados, de 24 anos, 30 anos, e 27 anos, foram considerados culpados por atearem fogo em uma cela, causando a morte de dois detentos e deixando outros.

A sessão foi presidida pelo juiz Cleiton Luis Chiodi e contou com a atuação do promotor de justiça Henry Wagner Vasconcelos de Castro, responsável pela acusação, e do defensor público Igor Thiago Batista Cupertino, que representou a defesa dos réus. Em sua declaração, o promotor Henry Wagner detalhou a dinâmica dos fatos, ressaltando que a justiça foi devidamente aplicada diante da gravidade dos crimes e da destruição do patrimônio público.

O Conselho de Sentença, por maioria de votos, condenou os três acusados pelos crimes de homicídio qualificado, por duas vezes; e tentativa de homicídio qualificado, do Código Penal, por oito vezes.

Maycon Anastácio de Lana foi condenado a 103 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão. Alex Júnior Hermogenes de Oliveira condenado a 88 anos e 8 meses de reclusão e Marcelo Augusto Tobias condenado a 103 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão.

O incêndio que originou as condenações foi registrado no dia 9 de maio de 2023. A tragédia resultou na morte de Nilton Lopes de Freitas Neto, de 21 anos, ainda no interior do presídio. A resposta rápida da Polícia Penal controlou as chamas antes da chegada do Corpo de Bombeiros Militar, que realizou o rescaldo e ajudou na remoção das vítimas.

Ambulâncias particulares e do Samu estiveram no local, prestando assistência e transportando sete vítimas para atendimento médico em Caratinga. Posteriormente, Matias Moreira Soares, de 22 anos, que estava internado no CASU e não resistiu às lesões sofridas. Com isso, o número de mortos subiu para dois.

O promotor Henry Wagner destacou a atuação firme da Justiça e a importância da aplicação das leis em casos de tamanha gravidade.

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