MANHUAÇU (MG) - O projeto “Chromática Juris: a linguagem das cores na representação do Direito”, desenvolvido pelas alunas Letícia Alvim, Giovana Corrêa e SherMoreira, trouxe uma abordagem criativa para compreender a percepção dos jovens de Manhuaçu sobre o Direito. A iniciativa, orientada pela professora Marina Quirino Itaborahy, foi apresentada no dia 22 de novembro de 2024, na Casa de Cultura de Manhuaçu, como parte da disciplina Atividade Extensionista III do curso de Direito do UNIFACIG.
Com o objetivo de explorar a conexão entre o Direito e a pintura, considerada a Terceira Arte Clássica, o projeto buscou expressar a visão social sobre o tema por meio de uma pesquisa que envolveu a escolha de cores associadas a diferentes significados do Direito, que foram:
Azul: imparcialidade
Verde: proteção
Vermelho: opressão
Laranja: instabilidade
Rosa: injustiça
Roxo: autoridade
O evento na Casa de Cultura contou com a participação de escolas convidadas e do público em geral, que foi incentivado a votar em uma cor que representasse sua percepção sobre o Direito. O resultado da pesquisa foi traduzido em um infográfico e culminou na pintura de uma tela ao vivo, em que o público expressou coletivamente sua escolha.
Principais resultados:
O estudo destacou cinco pontos principais:
Jovens em situação escolar, optavam por demonstrar seus entendimentos sobre o Direito por meio de percepções midiáticas sobre o conceito de justiça e de aplicação judicial.
Jovens adultos e adultos ativos na sociedade, selecionavam majoritariamente significados a partir de situações vivenciadas por eles em suas vidas cotidianas e na forma com a qual o Direito conseguia atendê-los.
A cor de rosa foi a mais votada pelo público, revelando na amostragem em Manhuaçu, uma maior percepção do Direito sendo de caráter injusto. Os participantes que escolheram a cor, diziam entender o Direito brasileiro como algo subvalorizado do real ideal.
Autoridade e Protetor, demonstraram-se como pares complementares, a todos os perguntados, quando pretendiam indicar as cores escolhidas, tinham roxo e verde por preferências simultâneas para atender a visão pessoal do direito.
Imparcial e Opressor, foram os significados menos indicados pela amostragem.
União entre o Direito e a Arte
O projeto também revelou como o Direito e a pintura compartilham características essenciais, como a busca por narrativas e formas de expressão. Enquanto o Direito organiza normas para estruturar a sociedade, a arte traduz emoções e interpretações da realidade.
A professora Marina Quirino destacou a importância da iniciativa. “Essa experiência permitiu que os estudantes e o público ampliassem sua visão sobre o Direito, explorando uma perspectiva artística que conecta emoção, reflexão e conhecimento jurídico.”, concluiu