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O show nada nobre de Dudu foi o destaque da abertura da Feira da Paz em Manhuaçu, nesta sexta-feira, 06. O cantor deixou o palco quase uma hora antes do previsto e depois protagonizou a troca de uma série de ofensas com o diretor de cultura Altair Campos Júnior, que subiu ao palco para reclamar do desrespeito do artista. Contrastando com isso tudo, no meio do público, a festa foi das mais comportadas e seguras.
Dudu Nobre chegou ao Parque de Exposições da Ponte da Aldeia, por volta de 23:30 horas, atendeu a imprensa e vários fãs com muita atenção e carinho. O exemplo de carisma do cantor carioca, foi característica também da abertura do show que começou por volta de meia-noite.
Tudo corria bem, durante os trinta primeiros minutos da apresentação. De repente, o publico começou a assistir uma troca de ofensas do cantor com uma pessoa perto do palco. No meio do povo, um homem gritava xingamentos e provocações para Dudu, falando do fim do relacionamento dele com Adriana Bombom. Por cinco vezes, o artista queria que a polícia ou os seguranças retirassem o provocador. Depois de chamar o rapaz para brigar e também rebater as provocações, Dudu decidiu encerrar o show, alegando que não tinha segurança. Tocou a música tema de A Grande Família e um samba-enredo e em seguida desceu do palco cercado de seguranças.
BARRACO
Uma pessoa conseguiu acabar com o show de Dudu Nobre. Ele encerrou com 45 minutos, a apresentação que foi contratada para 90 minutos. O diretor de cultura, Altair Campos Júnior, se sentiu na obrigação de pedir desculpas ao público pelo encerramento antecipado do show, mas ao falar que faltou profissionalismo e humildade do artista, foi interrompido bruscamente.
Dudu ouviu as críticas de Altair, subiu ao palco e tomou o microfone bruscamente das mãos do diretor. Ele reafirmou que não faltava humildade e sim segurança. Seguranças de Dudu seguraram Altair, enquanto a “turma do deixa disso” tentava acabar com o “barraco show”. O clima acabou esquentando, Dudu Nobre desceu para a van, reclamou da postura e foi embora. Ele reafirmou apenas que levou uma impressão boa das pessoas da cidade, apesar de não achar o mesmo da organização do evento.
Acabada a confusão, quase trinta minutos depois, Altair voltou ao palco e pediu novamente desculpas ao povo, alegando que todos eram testemunhas da quebra de contrato.
SEGURANÇA
Apesar do problema, a reclamação de que não havia segurança não procede. Com um esquema elaborado há mais de 20 dias, havia policiais, ambulância, bombeiros e seguranças particulares em toda a área do Parque de Exposições. Eles vigiavam até os carros nos estacionamentos.
Quem esteve no palco e camarim notou seguranças nas entradas. No palco, oito pessoas ficaram entre o público e o artista fazendo a proteção e contendo excessos. Equipes da Polícia Militar acompanharam todo o local.
Um detalhe importante, os seguranças particulares eram os mesmos e na mesma quantidade de shows de grandes artistas que se apresentam em Manhuaçu. Como alegar que faltava segurança nesse show, se para cantores como Victor & Léo, Banda Calipso e Jorge & Mateus atenderam plenamente.
Acontece que o homem que provocava Dudu Nobre não brigou ou agrediu as outras pessoas. Ele apenas usava do seu direito de gritar e criticar o show. Se faltou profissionalismo do cantor, a confusão poderia ter acabado ali. A cena toda no palco não precisava ter acontecido.
O que não se pode tolerar é que uma pessoa saia falando mal da cidade por conta de um episódio isolado. Manhuaçu tem tudo para brilhar pelas boas festas e tomara que, nos próximos dois dias, a festa celebre a paz. Carlos Henrique Cruz / Jailton Pereira - 10:55 - 07/11/09 - portalcaparao@gmail.com