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Segurança

Sargento é preso suspeito de manter trabalhador em cárcere e em condições de escravidão

29/01/2025 - Atualizado em 30/01/2025 08h56

MANHUAÇU (MG) - Um sargento da Polícia Militar foi preso na última sexta-feira (24) em Manhuaçu, após ser acusado de manter um trabalhador em cárcere privado e sujeitá-lo a condições de trabalho análogas à escravidão. O caso teve início no distrito de Bom Jesus de Realeza, onde o policial teve dois veículos incendiados pela vítima que supostamente agiu em represália a um envolvimento do sargento com a esposa dela.

De acordo com a investigação, após o incidente, o policial militar teria forçado a vítima a trabalhar sem remuneração, em condições degradantes, com restrição de alimentação e contato com familiares, como forma de “ressarcir” o prejuízo causado pelo incêndio dos veículos. A vítima foi levada do distrito até a cidade de Itabira (MG), e foi forçada a realizar tarefas sob coação, sem qualquer compensação financeira.

A situação chegou ao conhecimento das autoridades quando a esposa da vítima registrou ocorrência, relatando o desaparecimento do companheiro e as condições de cárcere e trabalho forçado a que ele estava sendo submetido. Em seguida, o policial militar teria levado a vítima até a Delegacia de Manhuaçu, onde, sob ameaça, tentou obrigá-la a prestar declarações falsas, negando as condições de abuso.

Contudo, a vítima conseguiu relatar aos policiais civis o que estava vivendo nos últimos dias, apresentando inclusive recibos falsificados que foram forçados a assinar como prova de que estava sendo pago pelos serviços prestados, o que não correspondia à realidade.

A partir desse depoimento e das provas apresentadas, a Polícia Civil entrou em contato com a Polícia Militar, e uma operação conjunta foi montada. O sargento foi localizado nas imediações da delegacia, onde aguardava a vítima, e foi preso em flagrante e encaminhado a estabelecimento prisional militar.

João Vitor Nunes

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