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O perímetro urbano da rodovia BR 262, em Manhuaçu, receberá mais redutores de velocidade (quebra-molas) na altura dos bairros Pouso Alegre, São Vicente, São Jorge, Bom Jardim e Ponte da Aldeia. O Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (DNIT), já fixou a sinalização vertical (placas) indicativas nos locais onde os redutores de velocidade serão colocados nos próximos dias.
QUEBRA-MOLAS
Embora este dispositivo de controle de velocidade não seja recomendado pelo Código de Trânsito Brasileiro, a medida é necessária tendo em vista a burocracia que trava o funcionamento das lombadas eletrônicas, desativadas desde 2007, por conta de processos licitatórios. Várias são as promessas que anunciam a volta do dispositivo de segurança eletrônico, mas não passa disso. Desta forma, a população fica à mercê de motoristas irresponsáveis que não obedecem às placas de sinalização que regulamentam a velocidade reduzida para o trecho urbano da cidade (50 KM/hora).
LENTIDÃO DO DNIT
Muitas foram as promessas do DNIT para resolver a situação do trecho urbano da BR 262, em Manhuaçu. Representantes do departamento estiveram várias vezes na cidade onde participaram de audiências públicas, reuniões, visitas aos locais considerados mais perigosos da rodovia, mas de nada adiantou. Poucas placas chamando a atenção para travessia de pedestres e mais nada. Passarelas para os pedestres parece ser coisa de outro mundo do qual Manhuaçu não faz parte.
COBRANÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
A colocação dos redutores de velocidade (quebra-molas) é coincidência ou o DNIT estaria somente cumprindo determinação judicial? O Ministério Público está movendo uma ação civil pública contra o Governo Federal e o DNIT, além das prefeituras de Reduto e Manhuaçu, cobrando melhorias nas condições de segurança no trecho da BR-262, entre os km 29 e 51. Diante da falta de atitude dos órgãos responsáveis e o descaso com a vida humana, o MP quer que eles sejam obrigados a executar obras de restauração e adotem medidas para garantir a segurança de motoristas e pedestres.
O QUE SE PEDE
O argumento do Ministério Público é que precisam ser executadas obras de recuperação da pista, revitalização da sinalização, colocação de semáforos, passarelas para pedestres, redutores de velocidade e radares. Além da limpeza dos canteiros, modificações nos trevos com a adoção de desenhos mais modernos e seguros. Na ação, o MP requereu pena de multa diária de 100 mil reais por descumprimento. Apesar de ter sido distribuída para a 1ª Vara Cível, a ação foi remetida para a Vara Federal de Ipatinga, considerando o interesse da União.
IMPRUDÊNCIA: Alta velocidade
Aproveitando o tema, cobramos dos motoristas irresponsáveis uma nova postura ao trafegarem pelo perímetro urbano de Manhuaçu. Respeitar a sinalização, dirigir com prudência, valorizar a vida, tudo isso é aprendido nos bancos dos centros de formação de condutores (autoescolas). Mas, parece que ao conseguirem a tão ‘cobiçada’ Carteira Nacional de Habilitação (CNH), esquecem-se de tudo e se tornam verdadeiros pilotos de fórmula 1. Mas, é preciso lembrar, rodovia não é autódromo. É um meio de acesso usado por todos, que devem antes de tudo, ser cidadãos que cumprem as leis de trânsito e se respeitam. Quanto a fiscalização, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) precisa estar mais presente no trecho urbano da BR 262, em Manhuaçu. A presença física da PRF inibe motoristas irresponsáveis e os pune no descumprimento da legislação, o que é necessário diante de tanta imprudência.
Luiz Nascimento - 16/11/09 - 23:20 - portalcaparao@gmail.com