MANHUAÇU (MG) - A Academia Manhuaçuense de Letras realizou na noite desta terça-feira, 25, a reunião ordinária de acordo com o calendário do semestre. A noite foi abrilhantada pela apresentação da Biografia do Patrono da cadeira 19, Professor Manoel do Carmo.
A vida do imortal foi pesquisada e narrada pelo radialista e acadêmico, S.J. de Moraes, ocupante da cadeira. De maneira muito singular, a passagem do Professor Manoel do Carmo por Manhuaçu foi marcante. Cada capítulo narrado chamava a atenção dos demais acadêmicos, que acompanharam atentamente toda a apresentação.
Professor Manoel do Carmo nasceu no Arraial Piedade de Boa Esperança, perto da cidade do Alto Rio Doce (MG), em 17 de junho de 1868. Estudou em Ouro Preto, de onde saiu professor e exerceu sua função em Alto Rio Doce. Tempo depois, ao chegar em Manhuaçu, era visto constantemente pelas manhãs, tardes, diariamente, subindo ou descendo as ruas São José (atual Monsenhor Gonzalez) e Santo Antônio (hoje Antônio Wellerson). Bem vestido, sempre com um comprido sobretudo de lã preta, com gola de veludo um pouco levantada, quando o tempo estava um pouco mais frio, e chapéu de feltro também preto, que ele retirava da cabeça ou tocava de leve com a mão direita para cumprimentar as pessoas.
O acadêmico efetivo, S.J. de Moraes, fez um destaque no final de sua apresentação e ressaltou o orgulho em ocupar a Cadeira 19, além da responsabilidade de realizar a pesquisa e trazer para a Academia Manhuaçuense de Letras a vida e obra do Professor Manoel do Carmo, que também trabalhou pelo social, impulsionando o Asilo São Vicente de Paulo.
“Professor Manoel do Carmo trazia sempre à tona a dimensão do poder na educação, que ministrou por mais de 36 anos, confiando e respeitando a maneira das pessoas pensarem, sentirem e aprenderem por si mesmas”, detalhou S.J. de Moraes.
O presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, Dr. Luiz Gonzaga Amorim, disse de sua admiração e alegria pelo trabalho apresentado e pelo que representou o Professor Manoel do Carmo para Manhuaçu.
“A nossa torcida é que as pessoas venham para conhecer mais sobre a nossa história. Os acadêmicos têm sido zelosos, para escrever a Biografia daqueles que por aqui passaram e fizeram história”, enfatizou Luiz Amorim.
Eduardo Satil / Rádio Caparaó / Cidade Total