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Segurança

Criança com deficiência é brutalmente agredida em escola de Ibatiba

25/04/2025 - Atualizado em 25/04/2025 07h30

IBATIBA (ES) - Um estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental David Gomes, localizada no Centro de Ibatiba (ES), supostamente teria sido agredido por dois colegas de turma na última terça-feira (15), segundo relato da mãe da criança, Jeorgiane dos Reis Andrade. A denúncia foi feita por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais. A mãe registrou um Boletim de Ocorrência (B.O).

De acordo com Jeorgiane, a agressão ocorreu durante o período em que a turma estava sem professor na sala de aula. O filho, que tem 12 anos e apresenta deficiência auditiva nos dois ouvidos, relatou que foi enforcado, levou tapas no rosto, socos na boca, nos braços, nas pernas e que ainda teve dificuldades para se defender.

“Meu filho me contou que um garoto o enforcou e deu dois tapas no rosto. Outro menino entrou na briga e começou a agredi-lo com socos na boca, nos braços e nas pernas”, afirmou a mãe, emocionada no vídeo. “Ele tem deficiência auditiva e fala mais alto. Isso teria incomodado os colegas, que partiram para a agressão”, acrescentou.

Assim que soube da agressão, Jeorgiane levou o filho ao pronto-socorro de Ibatiba. Durante o atendimento, a equipe médica constatou hematomas pelo corpo e suspeita de lesão na coluna vertebral. A criança foi medicada e permaneceu em observação.

Ainda segundo a mãe, o menino foi transferido para o Hospital Infantil de Vitória para avaliação com ortopedista e realização de novos exames. A suspeita de fratura na coluna foi descartada, mas ele permanece com dores intensas no corpo, boca cortada e traumas psicológicos.

“Ele acorda gritando, sente medo de ficar sozinho e revive o momento das agressões”, relatou Jeorgiane.

Falta de comunicação

Um dos principais pontos levantados pela mãe é a falta de comunicação por parte da escola. Segundo ela, nenhum responsável da unidade de ensino entrou em contato para relatar o ocorrido. A mãe só foi procurada após fazer uma publicação nas redes sociais, que ganhou repercussão. A escola teria agendado uma reunião apenas no dia seguinte, por volta das 17h.

“Fiquei sabendo do que aconteceu apenas quando fui buscar meu filho. A escola não me ligou, não avisou, não prestou nenhuma informação. Só me chamaram depois da publicação”, criticou.

Em boletim registrado pela Polícia Militar, a mãe relatou que o filho mencionou a agressão à direção da escola, mas nenhuma providência imediata foi tomada. O Conselho Tutelar informou que foi orientada a condução do estudante ao hospital, o que não foi feito pela instituição. A própria mãe o levou para atendimento.

Em nota oficial, a Prefeitura Municipal de Ibatiba afirmou que tomou conhecimento do caso após a circulação de imagens e vídeos nas redes sociais. O município informou que as secretarias responsáveis iniciaram a apuração dos fatos assim que foram informadas e que o caso está sendo tratado com seriedade, responsabilidade e respeito aos envolvidos.

“A Prefeitura reafirma seu compromisso com a segurança e o bem-estar dos alunos da rede municipal e informa que, após a devida apuração, todas as medidas cabíveis serão tomadas, conforme determina a legislação vigente”, diz o comunicado.

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