Foi encaminhado à Cadeia Pública de Governador Valadares, Lúcio Flávio Soares, de 28 anos. Na última quinta-feira ele foi preso pela Polícia Militar em Caratinga com 87,6 quilos de maconha. Cerca de 40 quilos da droga estavam enterrados em um matagal a quase cinco quilômetros da cidade. Segundo a PM, as investigações começaram depois de uma denúncia anônima.
ALBERGADO
Lúcio, que é preso albergado de Caratinga e que há sete meses havia saído do regime fechado em função de uma condenação por tráfico de drogas, confessou ser um dos responsáveis pela droga. Ao descumprir regime de detenção, não comparecendo à cadeia onde deveria dormir, ele chamou a atenção da polícia e foi flagrado em tentativa de fuga. Onze policiais fizeram um cerco e conseguiram prendê-lo em Ubaporanga (MG).
Ainda de acordo com informações da PM, o detento disse que outras pessoas estavam envolvidas, o que fez com que as investigações recomeçassem. Lúcio contou que e que a droga pertencia a Jairo Costa, o Jairo Cabeludo. Ele explicou que enterrou a droga no dia 3 com ajuda de Miguel Martins Avelar, o Miguelsin; Jairo; e Edcarlos Rodrigues, o Guto.
Com as novas buscas, a PM apreendeu mais 50 quilos de maconha. O montante estava enterrado perto do local da primeira apreensão. Ao todo, foram encontrados 83 tabletes. O major Alexandre Oliveira, de Caratinga, disse que há indícios de que a droga tenha passado pela conexão Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.
OUTRA VERSÃO
Lúcio prestou depoimento ao delegado de Polícia Federal (PF), Mário Alexandre Veloso. Ele — que antes havia confessado à PM ser um dos responsáveis pela droga — mudou a versão, confessando apenas que escondeu os tabletes de maconha a pedido de Jairo Costa, o "Cabeludo", com quem havia cumprido pena na Cadeia Pública de Caratinga.
Lúcio disse que recebeu de Jairo 100 gramas de maconha para que ele escondesse os tabletes. O material, segundo o delegado Veloso, seria distribuído mais tarde em Caratinga e cidades da região. O delegado disse acreditar que a droga tenha vindo do Paraguai, pela forma como foi embalada.
Lúcio foi autuado em flagrante pelos crimes de formação de quadrilha (1 a 3 anos de reclusão) e por tráfico de drogas (5 a 15 anos de prisão). Com informações da PMMG e do Diário do Rio Doce - 07/07/07 - 18:17