Com apoio das autoridades baianas, polícia e bombeiros houve empenho para a localização do magistrado. A nota continua: “Lamentavelmente, embora bem sucedido o trabalho de localização, viu-se que o magistrado se afogara, enlutando a magistratura mineira”.
O juiz Arley Anderson alugou um barco e foi para alto mar, onde acabou se afogando.
Na nota divulgada pela Justiça de Manhuaçu, os colegas do Judiciário manifestaram seu pesar e lembraram o espírito de trabalho, companheirismo e seu apurado senso de Justiça.
Arley Anderson ingressara na carreira em 2000. Chegou a Manhuaçu em 2005 e foi o responsável pela coordenação da última eleição, em 2006. Além do trabalho na magistratura, chegou a ser professor em faculdades e participou ativamente de vários movimentos em Manhuaçu.
Desde 2006, o juiz apresentou alguns problemas de ordem pessoal e foi afastado do cargo para tratamento de saúde. Ele chegou a voltar para Manhuaçu neste ano, mas pouco tempo depois entrou novamente com pedido de licença.
O corpo do juiz foi sepultado em sua terra natal, Sete Lagoas, neste domingo.
MEDICAMENTOS
Na quinta-feira, familiares informaram que o juiz chegou a manter contato com familiares. O desaparecimento foi considerado apenas um mal entendido até que veio a confirmação da morte, já no sábado.
No último sábado, dia 30, ele foi deixado pela ex-esposa, Eva Lúcia Macedo dos Santos, em frente à Faculdade Promove para fazer prova de vestibular para o curso de Publicidade e Propaganda. No entanto, por volta de 14h, um Policial Civil ligou para a residência da família, afirmando que achou o celular de Arley na rodoviária de Belo Horizonte. Sem qualquer notícia de seu paradeiro, iniciavam-se então as buscas para saber onde ele poderia estar.
De licença médica desde fevereiro deste ano – era lotado em Manhuaçu, na Vara Criminal – Arley enfrentava problemas de stress, depressão e transtornos de comportamento. Segundo a ex-esposa Eva, o juiz saiu apenas com a roupa do corpo e não deu mais notícias. “Ele toma remédios fortíssimos. Não pode ficar sem o medicamento de maneira alguma”, alertou.
No entanto, na manhã de quinta-feira, o irmão do Juiz, Ronei Weber Elias dos Santos, afirmou que o mesmo entrou em contato e afirmou estar na Bahia. “Ele só disse que estava na Bahia, descansando um pouco. Infelizmente, ele está doente e esses sumiços são típicos. Espero que ele esteja em paz e tomando os medicamentos”, afirmou o irmão.
Na sexta, veio a notícia da morte do magistrado no litoral baiano. Ele tinha três filhos. Carlos Henrique Cruz - Com informações do Jornal Sete Dias - Sete Lagoas - 10/07/07 - 07:48