"Casca" - Intemperismo provoca o desplacamento da rocha |
O fenômeno registrado na rocha de uma montanha localizada no Córrego Areia Branca, em Chalé, tem nome e é considerado comum pelos pesquisadores da área de geologia. O intemperismo é resultado das reações químicas entre a rocha, a chuva e o calor intenso. A definição foi divulgada pelo Jornal Diário de Manhuaçu nesta quarta-feira, 03.
O professor associado do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Carlos Maurício Noce, analisou algumas fotografias e emitiu o seguinte parecer: “As fotos mostram, com muita clareza, um fenômeno natural. A rocha exposta na superfície, como nestes paredões da região, sofre um processo chamado intemperismo, que resulta da reação química entre os minerais constituintes da rocha e a água da chuva e o calor. Isto provoca um desplacamento da porção mais superficial, como se a rocha estivesse soltando a ‘casca’. Quando uma parte se solta ela pode levar várias outras, como parece ser o caso das fotos”.
Professor Noce disse que os moradores não precisam ficar com medo, mas fez um alerta. “As pessoas não precisam se preocupar, a não ser que resolvam escalar a pedra, quando então sempre há o risco de alguma parte se soltar”.
EXPLOSÕES
O fenômeno até então desconhecido em Chalé estava assustando moradores do Córrego Areia Branca justamente por estranharem o barulho, semelhante a explosões, na rocha. A história começou na madrugada de 17 de fevereiro, fez moradores deixarem suas casas e centenas de curiosos irem para o local assistir as explosões.
Moradores estavam assustados, pois sempre moraram no local e nunca presenciaram o fenômeno antes. Agora, devidamente explicado, o fenômeno deixa de chamar atenção e, com as temperaturas mais amenas, já se acalmou.
Com informações do Diário de Manhuaçu