“Qualquer mudança na cobrança da taxa de esgoto pode inviabilizar o projeto de ampliação da rede da cidade e dos distritos e o grande plano de tratamento e despoluição do rio Manhuaçu”. A declaração é do diretor do Saae, Gentil Pazeli, em resposta ao questionamento sobre o fim da cobrança da taxa de esgoto. O valor cobrado desde janeiro corresponde a 10% do valor total de consumo da água. É uma das menores de todo o país. Basta analisar a taxa da Copasa em Caratinga (50%) ou mesmo em cidades menores onde o percentual chega a 90%.
Gentil Pazeli explica que não há como evitar a cobrança. Era preciso iniciar esse processo para garantir os investimentos. “Enquanto estávamos utilizando a arrecadação da tarifa de água para cuidar de redes de esgoto estávamos prejudicando as comunidades, principalmente os bairros que sofrem com falta d´água. A taxa de esgoto é para retornar em investimentos na infra-estrutura de esgoto e isso já está acontecendo”, afirmou, já que, o dinheiro oriundo da cobrança do esgoto começa a ser usado para a construção da rede de esgoto em ruas da cidade e distritos. Nesta semana, os trabalhos das equipes do Saae se concentraram na rua Alfredo Gonçalves da Cruz, no bairro Lajinha, e no trecho final da Avenida Melo Viana/MG 111.
Ele argumenta que muitas pessoas não vêm o trabalho do Saae. “Estamos executando obras de rede de esgoto diariamente. Isso tudo gera um grande benefício para os moradores, inclusive com melhoria na qualidade de vida”, lembra, ao citar que em muitas ruas os moradores precisavam se equilibrar para não cair no esgoto à céu aberto.
MANUTENÇÃO
Além da manutenção, o Saae aplica os recursos da taxa de esgoto na construção de novas redes. No bairro Lajinha, fizemos 120 metros nesta segunda e terça-feira. Ainda nesta semana executamos outros 350 metros de rede na saída para Simonésia. “Eram obras que estavam paradas e os moradores pediam, mas não tínhamos recursos. Agora executamos rapidamente”, conta.
Ele ressaltou que nenhum sistema de esgoto dá lucro no Brasil, o que acontece é que a cobrança serve para suprir os custos de manutenção e tratamento. “Em alguns lugares do Brasil é cobrado pelo esgoto o mesmo preço da água, aqui é cobrado menos. E o investimento em saneamento deve ser feito. Para se ter uma idéia, só no ano passado, fizemos praticamente 75% das redes do bairro Santa Terezinha”, destacou. Foram cerca de 10 mil metros de rede em todo o município no último ano. A expectativa é dobrar esse número até o final de 2008.
Para o diretor, os investimentos demonstram a preocupação da autarquia com o desenvolvimento, a infra-estrutura e as questões ambientais do município. As ampliações de rede, concluídas em meados do ano passado, já beneficiaram milhares de pessoas.
Carlos Henrique Cruz - 24/02/07 - 10:10
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