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Caso Américo: Zé Braz consegue habeas corpus no TJMG

22/03/2010 - Atualizado em 22/03/2010 08h43
Zé Braz com o habeas corpus concedido pela Justiça

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em sessão realizada na terça-feira, 16, concedeu habeas corpus ao ex-Prefeito de São João do Manhuaçu, José Miranda Barbosa “Zé Braz”, colocando-o em liberdade.
Zé Braz foi preso preventivamente no dia 05 de fevereiro, sob a acusação de ter concorrido para a morte do vereador Américo Gonçalves Courradesqui, em julho do ano passado, em São João do Manhuaçu.

No momento de sua prisão, Zé Braz, que sofre de problemas cardíacos, passou mal e teve que ficar internado por dois dias no Hospital César Leite, com escolta policial, quando teve alta hospitalar e depois foi recolhido ao Presídio de Manhuaçu.

“Eu estava no banco em Manhuaçu, na agência perto do JK. Assustei muito, fui preso e levado direto para a delegacia. Tive uma crise de vômito e a minha pressão subiu muito. O médico decidiu me hospitalizar, pois estive perto de um infarto fulminante. Fiquei no hospital com dois guardas e depois fui para o presídio. Fui muito humilhado, pois nunca tinha ido na delegacia por uma coisa dessas”, o ex-prefeito de São João do Manhuaçu emagreceu oito quilos durante os dias em que esteve preso.

HABEAS CORPUS

Os advogados de Zé Braz impetraram com um pedido de Habeas Corpus (HC) no TJMG, visando a revogação de sua prisão preventiva. A liminar foi indeferida pelo Relator Desembargador Paulo César Dias.
O juiz criminal de Manhuaçu, Dr. Walteir José da Silva, concedeu, no dia 12 de fevereiro, a prisão domiciliar em razão da saúde de Zé Braz.

Após ouvir as informações do juiz criminal da comarca de Manhuaçu e colher parecer da Procuradoria de Justiça de Minas Gerais, a 3ª Câmara Criminal, em sessão de julgamento, houve por bem, conceder a liberdade a Zé Braz. Desde então, estava recolhido em sua fazenda.

SURPRESA

O ex-prefeito afirma que a notícia do seu suposto envolvimento com o crime foi uma surpresa. “Eu fiquei surpreso, pois quem não deve não teme. Quem deve, já estaria esperando alguma coisa acontecer. Todo mundo sabe que o fato não teve haver comigo e não tenho nenhum dedo nesse caso”, garantiu.

Zé Braz foi preso em função de uma ligação feita pelo criminoso. “Eu recebi uma ligação na parte da tarde falando que era ele, pedindo ajuda. Eu disse que: ‘Rapaz, você faz suas sujeiras e vem pedir ajuda’. Depois, desliguei o telefone e não teve nada mais”. O prefeito ainda contou que o irmão de José Gilmar Fernandes Praça - Gil Pé de Bicho - tinha um contrato de dez anos de parceria agrícola, que venceu em setembro de 2009. “Um contrato normal e que durou dez anos. Nada demais também”, afirmou.

O ex-prefeito reafirmou sua inocência e agradeceu as manifestações de apoio. “Fui muito bem recebido pela população e acolhido pelo povo. Fizeram um documento assinando que confiam em mim, declarações e posso dizer que não sou essa pessoa perigosíssima que falaram aí não. A vida minha foi trabalhar. Eu vou provar minha inocência na Justiça”, prometeu.

A revogação da prisão preventiva de Zé Braz permite que aguarde o julgamento do processo em liberdade. A defesa dele afirma ainda que durante a instrução do processo restará provado que Zé Braz é totalmente inocente e não concorreu de qualquer modo para a morte do vereador.

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