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Segurança

Operação Placebo: Polícia Federal fecha laboratório em Ipanema

21/07/2007 - Atualizado em 25/07/2007 07h16
A Polícia Federal realizou, sexta-feira (20 de julho), em seis estados uma operação para desmontar esquemas de venda de remédios produzidos sem licença. Em Minas, sete pessoas foram identificadas, mas ninguém foi preso. Ipanema foi o foco da Operação Placebo no estado. Um laboratório foi fechado e um medicamento que trataria do Diabetes foi apreendido. Os medicamentos eram oferecidos pela internet, em sites de empresas irregulares.   Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária se passaram por clientes e compraram os produtos pela internet. As amostras foram entregues à Polícia Federal. Em um prédio na região sul de Belo Horizonte, os policiais foram ao apartamento de uma mulher suspeita de vender remédios ilegalmente. Em Betim, os agentes federais estiveram em dois endereços. Além de medicamentos contra impotência sexual foram apreendidos computadores e comprovantes de envio das mercadorias que serão analisados. Em Uberlândia, a policia também recolheu 140 caixas de medicamentos contra a impotência sexual irregulares. A mercadoria teria vindo da China e não tem registro na Anvisa. Em Pará de Minas, na Região Central, as buscas foram nas casas de Wesley Rondineli Gonçalves Pimenta, que vendia Pramil, e de Eli Francisco Mendonça Júnior, que oferecia similares de Viagra.

Os medicamentos são esteróides anabolizantes de origem estrangeira, abortivos falsificados em laboratórios clandestinos e produtos que não causam nenhum efeito, por isso placebo no nome da operação, o que significa remédio inerte, usado com fins sugestivos ou morais.

Em Ipanema, num laboratório em condições precárias, foram apreendidas diversas caixas de Copo da Saúde, que ajuda no tratamento de diabetes, mas sem registro na Anvisa. E, segundo a delegada federal Cristina Amaral Passos Figueiredo, da Repressão a Crimes Fazendários, não era fabricado no local, apenas envasado. O dono do laboratório, Florisvaldo Vitório dos Santos Júnior, foi indiciado. Além do medicamento, documentos e papéis publicitários do laboratório Floriam foram recolhidos.

Conforme a delegada, há também indícios de contrabando. Segundo a Polícia Federal, pelo menos dez pessoas foram indiciadas em Minas. Ninguém foi preso. A pena para a produção e comercialização de remédios sem licença varia de dez a 15 anos de prisão.

Além de Minas, os produtos foram recolhidos no Piauí, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Apesar de não existir uma legislação para a venda on-line de remédios, a Anvisa proíbe o comércio de qualquer tipo de medicamento pela Internet. Atualmente, a agência tem trabalhado para criar uma lei que defina essa proibição.

As investigações da PF começaram em Brasília, em fevereiro, depois de a Anvisa constatar a venda ilegal de medicamentos fitoterápicos via internet. “A Anvisa comprou alguns produtos de pessoas físicas, pela internet, passando-se por cliente, e recebeu as encomendas pelos Correios. Depois, enviou um parecer técnico à PF. Cinco inquéritos foram instaurados”, completa a delegada.

A maior apreensão foi no Espírito Santo, nas cidades de São Mateus, São Gabriel da Palha e Nova Venécia. Um comerciante foi preso e os medicamentos – cosméticos, fitoterápicos e produtos naturais, vendidos sem autorização da Anvisa – encheram dois caminhões.

Carlos Henrique Cruz - Com informações da Superintendência da Polícia Federal em Minas 21/07/07 - 11:25 - portacaparao@gmail.com 

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