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O Atlético é o Campeão Mineiro de 2010. Derrotou o Ipatinga por 2 a 0 no Mineirão neste domingo, 02, com gols de Diego Tardelli e Marques, depois de vencer o Tigre por 3 a 2 no jogo de ida da final no Ipatingão. A primeira conquista do técnico Vanderlei Luxemburgo no Galo é o 40º título do clube no Campeonato Mineiro.
60.704 torcedores assitiram ao Galo sendo campeão no Mineirão.
Galo parte para o ataque
Jogando em formação ofensiva, o Atlético entrou em campo atacando firme, com não apenas Diego Tardelli e Muriqui pressionando, mas também Correa, Fabiano e, em alguns momentos, até os zagueiros tocavam bola no campo do Ipatinga, que ficou acuado na defesa.
A intenção clara do time do Vale do Aço era esperar que o time alvinegro se abrisse e explorar essas brechas em contra-ataque. Mas uma marcação bem arquitetada no sistema defensivo do Galo atrapalhou essa estratégia: Carlos Alberto, mais solto, saiu pelo gramado na caça dos meias de ligação do Ipatinga, enquanto qualquer bola que passava era para a dupla bem entrosada de Werley e Jairo Campos, que impediram qualquer susto para Aranha.
Mas não foi só a defesa do Galo que fez bem no primeiro tempo. O Ipatinga também segurou bem os atacantes do Atlético, com boa parte dos jogadores na marcação e Max e Silvio jogando sério, chutando para longe qualquer bola que passava por perto deles. Mas quem realmente salva o Ipatinga é o goleiro Douglas, que faz duas defesas cruciais no primeiro tempo.
Mesmo com muitas tentativas do Galo no ataque e o Ipatinga chegando em alguns contra-ataques. Foram seis finalizações do time da casa, enquanto os visitantes não finalizaram nenhuma vez.
Errando e acertando
No segundo tempo, o Atlético já começou perdendo gol: Muriqui recebeu um passe perfeito na área do adversários e, de frente para o gol, pisou na bola e perdeu a chance e abrir o placar. Um gol feito. Outras chances do Galo aconteceram e a equipe perdeu outros gols depois deste, mas nenhum foi tão claro quanto este.
E apesar do Atlético ter começado no ataque, o Ipatinga voltou dos vestiários mais agressivo do que no primeiro tempo. A equipe se abriu um pouco mais e atacou com intensidade, dando também ao Galo chances maiores de contra-atacar.
E é justamente em um contra-ataque que aparece o gol do Atlético: Jairo Campos desarmou o ataque do Ipatinga e entregou a bola para Correa, que lançou longe para Muriqui chegar de frente para o gol, atrair a marcação, e logo em seguida entregar para Tardelli empurar a bola para às redes, abrindo o placar no Mineirão.
Depois do gol, o Ipatinga sentiu bastante a pressão da partida e principalmente das arquibancadas, com os mais de 60 mil torcedores do Atlético cantando alto. Atendendo aos pedidos da torcida e possívelmente pensando em aproveitar a vantagem desse entusiasmo o máximo possível, Luxemburgo tirou Muriqui e colocou o ídolo Marques em campo, o que realmente empolgou ainda mais o público.
Com o passar do tempo, Luxemburgo coloca Cáceres e Júnior no lugar de Leandro e Correa, já administrando o resultado. Mas ainda instisfeito, Marques conseguiu marcar o seu gol: com um belo passe de Ricardinho, Marques desvia a bola com a ponta da chuteira e marca o segundo gol. Emocionado com o momento, o atleta tira camisa, pega a bandeira de escanteio e a coloca na ponta, comemorando com a torcida e chorando logo em seguida.