O julgamento mais demorado foi dos cinco rapazes, acusados de terem assassinado em outubro do ano passado, na Rua Cândido Cerqueira-Bairro Engenho da Serra, o changueiro Flávio André Barbosa Simão “Flávio Canela”. A sessão do júri foi aberta às 09h30min e encerrada às 3h da madrugada de sexta-feira, 14.
Julgamento terminou às 3 horas da madrugada |
Os acusados, Marco Aurélio Machado,Wesley Gregório dos Santos Silva,Claudinei Gregório da Silva, Josimar Gomes de Jesus e Geudes de Jesus dos Santos(esse último estava em liberdade provisória), chegaram ao Fórum com olhares fixos para baixo. Familiares dos acusados acompanharam durante todo o tempo, os depoimentos de testemunhas e os debates entre a acusação e defesa. Os acusados negaram envolvimento na morte de “Flavio Canela”,mas, uma testemunha disse que no dia do crime ouviu eles comentando de que a “chapa iria esquentar”. A polícia apontou durante a fase do inquérito policial que a motivação do crime seria o comércio de drogas e, que o acusado Marco Aurélio Machado fornecia drogas no bairro, inclusive comercializava para a vítima. No dia do crime, Flávio André Barbosa Simão havia sido preso duas vezes.
Uma mulher de nome Ana Carolina “Carol” foi denunciada como sendo responsável a levar a vítima até o local, onde os demais já tinham combinado a trama. A denunciada está aguardando o recurso impetrado e, por isso não foi julgada junto com os demais.
Embora jurando inocência, os cinco rapazes foram condenados a 14 anos de prisão por homicídio qualificado. Os advogados de defesa disseram que vão recorrer da sentença,mas,nenhum dos condenados teve o direito de aguardar em liberdade.
Para o juiz da Vara Criminal, Dr.Walteir José da Silva, a pena aplicada foi uma decisão do corpo de jurados. De acordo com o magistrado, o acusado Geudes de Jesus dos Santos, bem como Ana Carolina, mesmo em liberdade estavam ameaçando as testemunhas para prestarem depoimento a favor dos demais acusados.Cópia do resultado do julgamento será encaminhada ao Tribunal de Justiça para ajuntar ao recurso para análise e, até mesmo a possibilidade de ser decretada a prisão preventiva de Ana Carolina.
Eduardo Satil.