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Segurança

Bombeiros: Número de acidentes aumentou 45% em julho nas estradas da região

02/08/2007 - Atualizado em 05/08/2007 16h37
Julho deveria ser o mês das férias, da alegria, mas foi o das mortes nas rodovias que cortam Minas Gerais. A exemplo do balanço divulgado em relação ao Estado, a região de Manhuaçu apresentou um crescimento de 45% em relação ao número de acidentes atendidos pelo Corpo de Bombeiros entre 1 e 31 de julho do mesmo período do ano passado.   A violência nas estradas matou 237 pessoas – 120 nas estaduais (MGs) e 117 nas federais (BRs) –, em 32 dias, média de 7,4. O balanço é maior do que o de 199 mortos no desastre do avião da TAM, há três semanas, no Aeroporto de Congonhas, o pior acidente aéreo do país.  Na região, foram oito mortos e 41 feridos em acidentes nas rodovias BR-262 e 116 e na MG-111.

O estado liderou o ranking nacional de tragédias nas vias federais, com aumento de 26% no confronto com as 93 vítimas no mesmo período de 2006, quando o balanço havia registrado uma queda de 39%, na comparação com as 130 mortes de 2005.

Na BR-262, os Bombeiros atenderam 07 acidentes com duas mortes em 2006. Em julho deste ano, foram 11 acidentes com 19 vítimas e dois mortos. A rodovia 116 subiu de dois acidentes para seis, enquanto socorreram três feridos agora foram 14. Duas pessoas morreram. Na MG-111, um grave acidente no domingo matou duas pessoas e deixou outras sete feridas. Ao todo, os Bombeiros registraram dois acidentes na rodovia estadual. O comandante do pelotão de Manhuaçu, Tenente Washington, considera que o número pode ser maior: “Esses são os números de casos que atendemos, mas pode ter chegado alguma pessoa socorrida por terceiros até os serviços de saúde”. Na mesma MG-111, um casal morreu vítima de acidente de moto, mas não houve socorro já que eles foram encontrados mortos fora da pista quase 12 horas depois do fato.

Defeitos na pista, sinalização irregular ou deficiente são algumas das causas, mas a imprudência ainda é a grande vilã das estatísticas. “Percebemos que a maioria dos acidentes envolveu pessoas de outras cidades. São motoristas que acabaram se envolvendo em acidentes por desconhecimento das estradas da região e acabaram sendo imprudentes”, relata o oficial dos Bombeiros.

As ultrapassagens mal feitas, a falta de atenção e o excesso de velocidade, levaram várias pessoas a enterrar parentes numa época em que as famílias viajam em busca de diversão.

PRECARIAS

Apesar de investimentos em estradas como a BR-116, que recebeu pintura de faixas e capina recentemente, a conservação das rodovias ainda está longe do ideal. Depois de passarem vários anos sem atenção, é preciso fazer muita coisa ainda.

A famosa curva de São Pedro do Avaí, km 580 da BR-262, causou dois graves acidentes nos últimos dez dias e soma tombamentos e colisões praticamente diárias. Além de perigosa, a fama ruim do trecho da rodovia é constada pela falta de sinalização. O local não tem sequer uma placa alertando para o perigo da curva e o alto índice de acidentes, apesar de todos cobrarem que é preciso investimento em obras para mudar o trajeto e melhorar a segurança. Isso para citar um local.

Carlos Henrique Cruz - 16:48 - 02/08/07 - portalcaparao@gmail.com 

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