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Agronégocios

Sebrae traça foco competitivo do café

21/07/2010
Lideranças do segmento café e representantes do Sebrae durante o encontro em Manhuaçu

O Sebrae-MG apresentou em Manhuaçu o Projeto Café da Região das Matas de Minas. É a entrada definitiva dos cafeicultores no modelo de realinhamento estratégico adotado pela instituição desde 2007 nas diversas regiões do estado. Uma palestra com empresários, produtores e lideranças dos segmentos envolvidos foi realizada durante a noite de terça-feira, 13, no Salão de Eventos Baalbak.

O Diretor de Operações do Sebrae-MG Matheus Cotta de Carvalho diz que o programa vai abordar as empresas coletivamente, de maneira a mudar cenários e intervir concretamente no panorama econômico, trazendo mais competitividade e sustentabilidade aos pequenos negócios no segmento café, que caracteriza a economia da região.

Com a nova modelagem, apresentada em conjunto com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a FAEMG, nos próximos seis meses será debatida e formatada uma visão estratégica comum para reforçar o posicionamento competitivo do café da região. A partir dos resultados, serão definidas e executadas as ações para atingir os objetivos discutidos com os produtores e parceiros fundamentais da região, como a Associação Comercial (ACIAM), a Prefeitura de Manhuaçu, a Federaminas, Emater, Scamg e o Sindicato Rural de Manhuaçu.

FOCO COMPETITIVO

A apresentação do representante do Sebrae-MG, Cláudio Wagner, garante que o novo projeto vai mudar a realidade local, através do ‘foco competitivo’. “Manhuaçu tem enorme potencial. Pretendemos dar um salto de qualidade na produção cafeeira através de um esforço conjunto”, comentou, explicando que o projeto consiste em três fases: desafios estratégicos, visão de futuro e direcionamento estratégico.

“O Foco Competitivo foi criado para atender ao coletivo. É baseado na metodologia da empresa espanhola Competitiveness, com quem fizemos uma primeira experiência em Nova Serrana. É uma metodologia participativa, na qual as técnicas do Sebrae aqui na região têm um papel decisivo. Elas levam um conjunto de conhecimentos que permite um diálogo com os cafeicultores para definir o posicionamento estratégico daquele APL. Trata-se da definição do negócio com que vamos trabalhar, da maneira como vamos explorar as vantagens competitivas, que nos permitirá eleger um conjunto de ações com maior poder de mudança da realidade local. Em suma, o Sebrae saiu de uma realidade em que estávamos muito mais respondendo a uma demanda do empresário para uma ação que reflete um pensamento estratégico para a região”, detalha Cláudio Wagner.

Cláudio explicou ainda que Minas Gerais se divide em três grandes pólos de café e o Sebrae entende que a região das Matas de Minas é um lugar que tem muito espaço para trabalhar e tem apresentado crescentes premiações em concursos de cafés especiais.

PARTICIPAÇÃO

Sebrae apresentou programa que busca dar mais competitivdade do café da região

Cerca de duzentos produtores, empresários, funcionários da Emater e autoridades, dentre elas o prefeito de Manhuaçu Adejair Barros; o presidente da Câmara Municipal de Manhuaçu e da Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Manhuaçu (ACIAM), Toninho Gama; o vice-presidente da Federaminas André Farrath, o secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente, Indústria e Comércio, Vinícius de Resende; e do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Manhuaçu Lino da Costa e Silva. As coordenadoras do projeto na região são as técnicas do Sebrae Ereni Emerick e Leila Lopes.

O coordenador do Projeto Café da Secretaria de Estado da Agricultura, Bernardino Cangussu, argumenta que o projeto vai inserir o produtor no mercado de café. “Vivenciamos uma fase onde o preço do produto está melhor. O interessante é que esse bom momento seja bem utilizado, por que muitas vezes o produtor pega duas fases de preço e acaba utilizando este recurso de outra maneira, não se preparando para outras etapas”, afirmou.

Bernardino, contudo, considerou como primeira condição de participação a melhor organização dos produtores de café. “O produtor tem que ser organizado. A pessoa também tem que querer esta adesão e estar disposto a assumir suas obrigações ao longo do projeto. É difícil definir tudo agora, no decorrer do processo que acharemos o caminho”, admitiu Bernardino, que ainda aconselhou a busca pela certificação e citou o exemplo bem sucedido do Programa Certifica Minas da Emater-MG.

Os trabalhos começam a ser executados a partir de agora com levantamentos na região e encontros. Outra reunião já foi definida para outubro em Manhuaçu.

Carlos Henrique Cruz
Fotos Jailton Pereira

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