Um grupo de pessoas formado por advogados, profissionais liberais e servidores públicos decidiu mobilizar para a criação de uma ONG, que venha dar proteção aos animais que ficam abandonados. O projeto do grupo foi discutido junto à equipe da Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Saúde, a Promotora de Justiça, Dra. Thereza Rachel D’Ávila e a juíza de direito, Dra.Renata Bonfim. Durante a reunião, vários pontos foram levantados com relação a animais que ficam perambulando pelas ruas, na rodovia e, tantos outros que são maltratados por transeuntes ou pelo próprio dono.
Há um número grandioso de animais soltos no perímetro urbano, colocando em risco a integridade física das pessoas, espalhando doenças e multiplicando. De acordo com a médica veterinária responsável pelo Canil, Maria de Luz, a área que fica nas proximidades da Usina de Reciclagem não oferece nenhuma condição para atender a demanda. A área está sendo ampliada para que os animais possam ser recolhidos e, encaminhados para o local adaptado.
A crueldade é inadmissível
Grupo quer proteger animais em Manhuaçu |
O grupo também discutiu a possibilidade de adoção, castração e um projeto de esterilização dos animais. O Secretário Municipal de Saúde, Dr.Luiz Carlos Lemos Prata diz que esforços devem ser concentrados, para uma solução do problema que é grave. Ao ser indagado sobre o projeto de esterilização, ele disse que o custo é alto e, a Secretaria Municipal de Saúde não tem condições de investir no projeto para reduzir o número da população canina.
O ex-presidente da ONG Bicho Vivo de Manhumirim, Admar Damasceno Breder “Tutti”, há 13 anos tornou-se um guardião de animais “perdidos”, disse que a expectativa do grupo de proteção aos animais, é buscar o apoio do Poder Judiciário na certeza de que algo seja feito. “Precisamos fazer alguma coisa com relação aos animais de rua. É inadmissível ver um animal machucado, sofrendo, sem saber para onde levá-lo”,salienta Admar Damasceno.
Apaixonado por animais, “Tutti” garante que o primeiro passo foi dado, com a participação da promotora de justiça, juíza de direito, secretário municipal de saúde e equipe da Vigilância Sanitária, visando à busca de solução e garantia de que todos devem participar. O grupo de proteção aos animais deixou claro que, o intento é fazer um controle da população de animais de rua. Para isso, necessário colocar veterinários à disposição das comunidades, para fazer a esterilização dos animais.
Depois da reunião, o grupo decidiu que a criação da ONG será um instrumento capaz de iniciar uma campanha, para chamar a atenção das pessoas para não abandonarem animais nas ruas. Há a possibilidade de o grupo ir a Belo Horizonte, a fim de conhecer um projeto da prefeitura que faz a esterilização por US$ 1,00 (dólar).
No final, a Promotora de Justiça, Dra.Thereza Rachel reconheceu que a proteção aos animais está vinculada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que será acionada para estabelecer parceria. A juíza de direito, Dra.Renata Bonfim propôs a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal, com a participação de toda a comunidade, a fim de discutir o problema que requer o esforço da sociedade organizada e órgãos competentes.
Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com